sábado, 22 de agosto de 2015

E ainda... «Uma Janela para o Sal»

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Porque gostei muito e quase me chocou, alguns respigues do discurso de Álvaro Garrido, na apresentação de «Uma janela para o Sal» na antiga Capitania de Aveiro, que consegui através da Rádio Terra Nova:
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«(…) É um texto poético, ela (Ana Maria Lopes) diz e teima que este é o derradeiro livro, mas, eu há pouco, disse-lhe que seria o derradeiro antes do próximo, certamente, será. Nós sabemos que ela é assim.
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É um livro poético feito de imagens, honra ao Paulo Godinho, também feito na altura certa.
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A Dra. Ana Maria Lopes tem um talento especial para captar as coisas no momento final em que elas podem ser captadas e isto significa uma elevadíssima consciência patrimonial, ou seja, um apurado sentido de declínio da memória e das identidades e, não é por acaso, que o Paulo guardou estas imagens em «slides» desde os anos 80, e, se elas não fossem dos anos oitenta, como disse o Sr. Vereador, não eram tão expressivas das lides do sal, da safra do sal e tão evocativas e exaltantes para evocar os heróis que aqui desfilam que são as figuras sociais às quais nós rendemos homenagem – o marnoto, o moço, o barqueiro, basicamente, o MARNOTO, figurante de todos os outros.»
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O discurso do apresentador foi forte. Calou-me bem fundo, na altura em que falou na escola de Coimbra, «Palavras e Coisas», defendida pelo Professor Paiva Boléo, Catedrático de Filologia Românica, que tanto influenciou a minha formação. Senti-me, no momento, com 18 anos, então, sua aluna e sua fiel seguidora, como sempre fui, até hoje.
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Aveiro, 4 de Junho de 2015
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Álvaro Garrido
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1 comentário:

Anónimo disse...


Corroborando inteiramente aquilo que o apresentador diz a propósito da autora da obra apresentada, e parafraseando alguém, apenas direi:
Ditosa terra que tais filhos tem!
Parabéns a ambos.

Al bino Gomes