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Fim de Agosto. Domingo bem soalheiro, mas ventoso. Não muito agradável. Mas, os turistas, em muito menor número do que em anos anteriores, não abalam, sem levar umas fotos, tendo como cenário, os palheiros, os mais apetecíveis. Os famosos risquinhas! Os proprietários deveriam passar a cobrar. Chegam a entrar nos terraços e a sentar-se nos bancos como que se deles fossem. E esta, hein? Além dos palheiros, há casas bem bonitas e também carismáticas, nesta praia. E a Mota (actual turismo)? Nada, não vêem mais nada.
Começo a aperceber-me que as estreitas vielas, que davam e ainda dão acesso às recoletas lhes começam a interessar. E, vai daí, mais uma “chapa”. Outros recantos, também com encanto, mais lá para o sul, nem são visitados. Nem o cais dos pescadores, cenário também apetecível.
Penso
e reflicto. Com 75 verões por aqui passados, não tenho uma imagem, uma que seja,
com um palheiro, o meu eleito, como fundo. Ainda estarei em tempo de
aproveitar? Talvez.
Na
nossa juventude, tínhamos por hábito fazer sessões fotográficas, para o que nos
aperaltávamos, feitas modelos, mas o que elegíamos? A esplanada, a ria, com todas as embarcações
tradicionais que ainda ia tendo, as varandas, a Biarritz, o movimento da
romaria da Senhora a Saúde… Mas um dos
cenários eleitos, de que fiquei com algumas recordações, era mesmo o sul
piscatório, interagindo com os pescadores que remendavam redes, preparavam
aparelhos e outras tarefas necessárias ao seu dia a dia. Por vezes, uma visita
também ao “barco do mar”, a dita arte xávega, assim apelidada,
actualmente. Essa, por aqui, foi-se. Há muito que deixou de existir, desde os
anos 50, do século passado.
As
referidas fotos como documento, com as modelos, Manuela Vilão, Alcina
Cachim Parracho e eu, com dois amigos de então.
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Fotos
da autora do blogue
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Costa
Nova, 30 de Agosto de 2020
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Ana Maria Lopes-