Quase me arrependo, tão grande é a facilidade!!! Não escorreguem...com o balanço.
De que navio se trata? Para a próxima, prometo que será bem, bem mais difícil…
Fotografia – Arquivo pessoal da autora
Ílhavo, 28 de Junho de 2009
Ana Maria Lopes
"Marintimidades" foi criado para falar das coisas do mar, da ria, de embarcações, de artes, de museologia marítima e de eventos que surjam dentro desta área, publicitando-os, e sobre eles detendo um olhar...
Fotografia – Arquivo pessoal da autora
Ílhavo, 28 de Junho de 2009
Ana Maria Lopes
Fotografias – Arquivo Digital de Aveiro
Ílhavo, 18 de Junho de 2009
Ana Maria Lopes
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Pormenor de construção
Este tipo de baliza embaraçada ou embraçada é o que normalmente se aplica nas embarcações de quilha, não sendo comum nas embarcações da ria de Aveiro.
Por esta razão, procurei ver se havia outros barcos com este tipo de construção e, com alguma surpresa, verifiquei que o saveiro da Caparica que está à entrada do M. M. é assim construído.
Para bateiras de similares dimensões, esta tem maior número de balizas, mas menos robustas. Não tem ferragens pare leme nem antepara para fechar a casa da proa e, embora com carlinga na coxia e enora na bancada de remar, não tem mastro nem vela.
Aspecto geral
Os remos são curtos, próprios para remar em esteiros pouco largos e tem uma pequena vara, para ser usada em fundos baixos.
As dimensões indicadas são:
Comprimento – 6, 50 metros
Boca – 1,50 metro
Pontal – 0,50 m.
Com este pequeno modelo, procurei recordar um tipo de bateira da nossa ria que já não existe e que só alguém da minha idade pode recordar».
Millvina Dean
Há uns meses (18.10.2008), anunciara que iria leiloar todos os objectos que tinha, da época, para poder arcar com as suas despesas. E assim o fez. Millvina era, então, a única sobrevivente do Titanic, depois da morte da sua compatriota, Barbara Joyce Dainton, em 2007.
Dean tinha apenas dois meses quando seguiu a bordo do famoso navio, ao colo da mãe, tendo, mais tarde, contado a história da sua vida, pelos quatro cantos do mundo, mesmo sem ter memória exacta, propriamente dita, do sucedido.
A mãe e um irmão mais velho de Millvina sobreviveram, enquanto o pai perdeu a vida no terrível acidente, quando a família ia emigrar para o Kansas, nos Estados Unidos, para começar uma vida nova.
Os amantes do misticismo do Titanic, terão agora, na estação do Rossio de Lisboa, até ao início de Agosto uma grandiosa exposição para visitar, a que tenciono não faltar, para passar a conhecer mais alguns dos segredos do Titanic. Para mais informações, poderão consultar o site http://www.titaniclisboa.com/
Modelo do navio, à escala de 1/350
Tinha 269,10 metros de comprimento, 28 de largura e 46,328 toneladas de arqueação, com uma altura da linha de água até ao tombadilho das baleeiras, de 18 metros.
As máquinas, accionadas a vapor, eram as maiores, construídas até então, com 28 caldeiras. Estas geravam uma pressão de 15 Kg/cm2, consumindo 728 toneladas de carvão em cada 24 horas. O vapor produzido accionava as turbinas Parsons, que desenvolviam 51 000 hp e impulsionavam o navio a uma velocidade máxima de 23 nós.
Podia transportar um total 3 547 pessoas, entre passageiros e tripulação.
Curiosidade:
A partida de Southampton, a 10 de Abril de 1912, não aconteceu sem incidentes – assim que os rebocadores começaram a afastar o Titanic do cais, a água deslocada provocou a quebra de amarras de outro navio, o New York, que se aproximou do Titanic, faltando apenas pouco mais de um metro para que os dois colidissem.
Erro fatal:
Indubitavelmente, o navio mais luxuoso que alguma vez cruzara os oceanos, não reunia um dos aspectos mais importantes do projecto – a segurança.
Levava 3 560 coletes salva-vidas individuais, mas apenas 16 baleeiras (para 1 178 pessoas), das 64 previstas pelo primeiro desenhador, que teriam sido suficientes para salvar os 3 547 passageiros.
Mas, como o mito da indestrutibilidade do Titanic era tão radical, assim aconteceu…
Os últimos momentos do Titanic, segundo um dos sobreviventes:
“O navio levantou-se lentamente, girando sobre o seu centro de gravidade, para adoptar uma posição vertical e ficou imóvel!
As luzes, que tinham permanecido acesas durante toda a noite sem falharem, apagaram-se de imediato, voltaram a acender-se e, finalmente, desapareceram para sempre…
O Titanic estava direito como uma coluna e descia a pouco e pouco para se afundar definitivamente… Os gritos dos náufragos, que a princípio eram fortes, enfraqueceram lentamente, até cessarem por completo.”
Pela coincidência das datas e dos navios, fácil era concluir que a formação da firma Testa & Cunhas teria sucedido como consequência da aquisição dos bens da Empresa de Navegação e Exploração de Pesca de Aveiro. Mas devia ter na minha posse um documento que mo garantisse, e não apenas basear-me em suposições…
Rumei ao ADA (Arquivo Distrital de Aveiro), um pouco incrédula, disposta a consultar os Livros de Actos e Contratos da Comarca Notarial de Aveiro, do ano de 1927.
Com alguma sorte, as dúvidas ficaram sanadas.
Sempre associara o Avô Pisco (Manuel Simões da Barbeira) só a Testa & Cunhas e, passada uma vida, vim a descobrir que, antes disso, ele já fora armador da Empreza de Navegação e Exploração de Pesca Lda., que Testa & Cunhas, recém-formada, comprara, quatro dias depois da sua formação.
Cabeçalho da escritura da compra – 20.12.1927
Na folha 75 (verso), da escritura acima referida, de que possuo cópia, se escreve (…) que Manuel Simões da Barbeira, também pertencendo à sociedade vendedora, faz também parte da sociedade compradora (…).
E, na representação abaixo, se exibem, garbosos, os lugres, apesar de não terem mastaréus, na única foto que conheço, pelo menos, do Ernani.
Vista aérea do secadouro – anos 30
Nesta imagem, já o Laura, após reconstrução, tinha dado origem ao Cruz de Malta.
Fotografia – Arquivo pessoal da autora
Ílhavo, 7 de Junho de 2009
Ana Maria Lopes
Idênticos anúncios, creio sabê-lo, foram inseridos pelos fins de Novembro de 1927, em alguns jornais nacionais.
O nome dos navios- Silvina, Ernani e Laura, pelo menos, era-me muito, muito, familiar… Teria sido vendida a sociedade publicitada? Quem a teria comprado?
(Cont.)
Ílhavo, 2 de Junho de 2009
Ana Maria Lopes
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