segunda-feira, 27 de junho de 2022

Grande Regata da Ria, a 9 de Julho

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A Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA) já agendou a anual Grande Regata dos Moliceiros para sábado, 9 de Julho. Contempla o habitual Concurso de Painéis, valorizando também este vistoso componente da arte da carpintaria naval. A saída será ao início da tarde do Monte Branco, com chegada ao novo Cais do Sal em Aveiro. Volta a ter a colaboração da autarquia da Murtosa e da Associação Náutica da Torreira.

Os moliceiros que assim o pretendem tratam de mandar fazer a “amanhação” anual no seu barco, limpeza de fundo, bem como a renovação dos painéis, para ir mantendo a tradição.

O Zé Manel Oliveira, (Jose Oliveira), pintor da ria, há 33 anos, não tem tido mãos a medir, nestas últimas semanas, e assim continua…É pena que não sejam mais ainda.

Assisti à renovação dos painéis do moliceiro  “S. Salvador”, de que o painel de proa de BB,  já foi mais que badalado.

 

A proa, eu e o Zé Manel
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O da popa, a BB, fui assistindo à sua feitura, desde o decalque do desenho principal, até ao “sombreado”, que tanto o releva.

 

A “sombrear” o painel de popa, a BB.
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Já pronto.
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Faltam os dois de EB, em que o chape-chape da maré obrigava a que fossem os últimos a ser acabados.

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Sem legenda, nem sombreado…
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Já pronto
Já pronto. 
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Painel de proa, EB. Apenas algumas cercaduras e a aplicação do rosa cárneo, no motivo central.
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Painel de EB, já pronto.

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Fotos de Paulo Godinho e Etelvina Almeida

Ílhavo, 27 de Junho de 2022.

Ana Maria Lopes

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quarta-feira, 22 de junho de 2022

O bota-abaixo do "Vila do Conde", em imagens

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Ainda a propósito da conversa de madrinhas de navios, consegui que a madrinha do “Vila do Conde”, Inês Maria Chambers de Sousa Amorim, me emprestasse, através do MMI, as fotos que possuía do bota-abaixo de que fora marinha, na Gafanha da Nazaré.

O navio-motor “Vila do Conde” construído por Benjamim Bolais Mónica para a Firma Tavares, Mascarenhas, Neves & Vaz, Lda., teve o seu bota-abaixo a 25 de Março de 1955, tendo tido como madrinha a menina, à época, Inês Amorim, filha do Presidente da Câmara de Vila do Conde, ao tempo. com quem me encontrei.

O navio foi transformado para redes de emalhar em 1971 e naufragou em Junho de 1973, de naufrágio, com explosão a bordo.

Não deixa de ser mais um, mas as fotos têm sempre o seu encanto e as suas diferenças:

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 O navio, ainda em terra, de lado
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Da proa altaneira…
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A madrinha e os Pais
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Altas personalidades conhecidas
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O cortar do “cabo da bimbarra”
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A magia do baptismo…
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A descida da “carreira”
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Já na água, enfeitado por pequenas embarcações
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O sugestivo bolo festivo…

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Ílhavo, 22 de Junho de 2022

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Ana Maria Lopes

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sexta-feira, 17 de junho de 2022

MOLICEIROS A MEMÓRIA DA RIA

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“Foi a melhor homenagem que te podiam ter feito” – alguém opinou junto à ria, perante o painel de proa de BB do moliceiro “S. Salvador”.

Parece que sim, respondi. Será? Singela, mas muito sincera, por parte José Oliveira (Zé Manel), com a anuência da proprietária da embarcação, Maria Emília Prado Castro. Sensibilizou-me, sem dúvida.

Vou andar a vogar pela ria, em quadro flutuante, pelo menos, por uns tempos. E mais não digo.

Conhecemos o Zé Manel, pintor, eu e o Miguel, em 1989, enquanto pintava o moliceiro «JOÃO MANUEL», A 2040 M, em terreno verdejante e arenoso, à beira ria, foto nº 129, reproduzida em “Moliceiros – A Memória da Ria” (2ª edição).

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O Zé Manel a pintar em 1989, à beira-ria…
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Segui-lhe a execução com entusiasmo, indo três tardes à Torreira, frente ao Museu-Estaleiro, um dos mais belos recantos da ria, para reter o seu desenvolvimento, nas diversas fases de execução. Inspirado numa fotografia, depois de os painéis já delineados e pintados a verde, vermelho e amarelo (belas cercaduras florais), surgiu o esboço do rosto por decalque em papel vegetal.

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Pintura das cercaduras florais
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Passados dois dias, o rosto já decorado, em tom rosa cárneo, cabelo branco revolto, óculos delineados ao pormenor, já se identificava a pessoa, por quem a conhecesse. Sobre a ria e céu azuis, alguns moliceiros, lateralmente, enquadravam a figura central.

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Motivo central a  meias tintas…
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Na terceira tardada, a pintura está quase concluída. Muito trabalho, na nossa ausência tinha sido feito, pois o moliceiro tem mais três painéis e mais alguns adornos em locais de referência. Com a Etelvina de assistente e boa companhia, presenciámos a técnica do “sombreado” a preto, tão importante, com “o biquinho de pardal”, pincel de cerdas muito fininhas, que transmite o realce final à decoração.

Para terminar, a legenda, em tetras maiúsculas e entre aspas, como é hábito, sobre tira de fundo róseo – «MOLICEIROS – A MEMÓRIA DA RIA», o grande livro, vivido, pesquisado e escrito por mim, com o maior dos entusiasmos e fotos do meu filho Paulo Godinho, um jovem à época, com o entusiasmo próprio da idade.

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Pronto, com a “modelo” por perto
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Já posso “partir” para a outra margem, à falta de “barca”, navegando sobre a ria, em painel flutuante de moliceiro. Muito grata ao Zé Manel, que conheço há 33 anos e de quem tenho acompanhado o percurso, com alguma regularidade, até hoje, quer em painéis pintados de novo, quer como júri de painéis de moliceiros, desde 1988.

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Painel flutuante, pronto a navegar 
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Ílhavo 17 de Junho de 2022

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Ana Maria Lopes

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