Ontem (relativamente a 15 de Fevereiro), como vai sendo hábito, o Amigo Marques da Silva telefonou-me a comunicar que já tinha chegado à Gafanha, para uma mudança de ares, pelo Carnaval.
Eu que pensava que desta vez não o tinha convencido com a sugestão de mais uma miniatura (o barco do mar Sto. ANTÓNIO existente no Museu de Marinha de Lisboa), pelo tamanho intimidante da embarcação, enganei-me.
Andava muito calado o meu Amigo e, mesmo pelo telefone, não se abriu muito.
Se fosse à Gafanha, teria algo de novo para ver…o início do S. António – revelou-me.
Bem, muni-me de máquina fotográfica, mas nem levei o pano preto, habitual, de cenário. Supunha o barco muito incipiente.
Mas, ao entrar, que surpresa, perante a beleza, a perfeição e o avanço da maquette!
Muito mais que o tabuado do fundo e cavername (cavernas e braços das ditas), já tinha aplicado as bicas de proa e ré, as tábuas laterais do bordo e os foliamentos da proa e da popa. Que minúcia e que primor!
O autor e a companheira de uma vida tinham dedicado duas tardes, no MM, às medições (e o tamanho da embarcação não é para menos).
Algarismos, cálculos, regras de três, apontamentos, rascunhos, abundavam, sobre a mesa, para a elaboração prévia, habitual, do plano, na escala de 1/25.
Mas, neste caso, em vez da minúcia da descrição, não há nada como dar a apreciar as fotografias em cenário improvisado, um antigo xaile de merino, acabadinho de ser desvincado.
Aqui vão:
Plano lateral
Vai rodando…
Pormenor da proa (interior)
Visto de cima
PS. Não nos esqueçamos que há uma pequena diferença entre a ordem da aplicação de algumas peças, entre a embarcação em tamanho natural e a miniaturização, sabendo nós que o Autor procura sempre respeitar os princípios da construção naval real.
Fotografias da autora do Blog
Ílhavo, 15 de Fevereiro de 2012
Ana Maria Lopes
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