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Em
Outubro de 2009, visitei no Museu Municipal de Aveiro, a exposição “Espreita aqui!...
Painéis brejeiros de moliceiros”. Exposição interessante, criativa, que exibia
uns tantos painéis brejeiros de moliceiros, dando também relevo `a alguma
ferramenta do construtor José Agostinho Henriques de Miranda (1910-1996), do
Monte, Murtosa, também conhecido pelo Ti Preguiça.
O
que teve de menos bom foi a exibição de um moliceiro mini, de cerca de 7 metros
e meio de comprimento, pertença da CMA, muto desleixado – sem mastro, nem vela,
nem leme, de pintura lixada, de painéis praticamente ilegíveis. Ainda davam
para perceber que fora construído pelo Mestre Manuel Lopes Conde (1919- 1991),
cujo estaleiro, já inactivo, ainda visitei na Gafanha do Carmo.
Tal moliceiro, ainda o vi há umas boas dezenas de anos, integrado na exposição filatélica “Lubrapex 72”, bem cuidado, no Museu Santa Joana.
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Depois
destes dois episódios, nada mais soube dele. Eis senão quando, na TV, em fins
de Janeiro, fui confrontada com umas imagens da inauguração de “Aveiro 2024.
Capital Portuguesa da Cultura”, que me seduziram. O fundo azul forte das
paredes que me lembraram a década de 90, do Museu de Ílhavo, em fundo igualmente
azul. Além disso, dois belos quadros, que me pareceram ser de Lauro Corado. E,
como objecto central da sala o “tal moliceirinho”, que já vai tendo história,
desta vez, muito cuidado.
Ontem
fui tirar “as coisas a limpo”. O moliceiro era o imaginado, construção do
Mestre Conde, em 1962, os quadros, confirmei que eram 2 belos óleos de Lauro
Corado (1908-1977), “Recanto lagunar” e a “Caldeirada”.
Estas
peças e mais algumas fazem parte da exposição permanente do Museu da Cidade. A exposição
temporária “Sal de Aveiro. Sal do Mundo”, patente até 31 de Março, não me despoletou
assim tanto interesse, por agora. Fica para a próxima.
Vamos às imagens, que são mais elucidativas que as palavras.
Ílhavo, 11 de Fevereiro
de 2024
Fotos de Paulo Godinho
Ana Maria Lopes
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