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Quando,
há cerca de dois meses, comprei o livro “Artistas D´Aveiro”, ainda na livraria,
folheei-o e deparei com o nome de Porfírio da Maia Romão (1897-1962), que não
me era desconhecido, mas, de onde? Fez-se-me luz e, de repente, associei-o ao
Museu Marítimo de Ílhavo. Estava certa. Pelo texto de uma sua neta que o
apresenta no livro, soube que ele, natural do Bairro da Beira-Mar, foi calafate
de profissão, e construtor de miniaturas de embarcações e de alfaias de
exploração das marinhas.
Nada
mais certo. Já me tinham passado pelas mãos, para apreciar, classificar,
catalogar, medir todas as peças que ele fez para o Museu Marítimo de Ílhavo:
Uma
colecção completa dos barcos da Ria, aparelhados com tudo quanto é preciso, construídos
em 1937, não decorados, ao natural. Presentemente, encontram-se em reservas,
porque se optou pela apresentação de uma colecção, também perfeita, à escala,
mas policromada.
Maqueta de marinha, construída em 1937, miniatura pormenorizada de uma marinha de sal, em madeira policromada, com palheiro e monte de sal, cobertos de bajunça.
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Alfaias de exploração de marinhas, construídas também em 1937: tranqueira e bombeiro, balde, pá de amanhar, pacõva, pá do sal, pajão, ancinho, ugalho da lama, ugalho de bulir, rasoila, enxada, rapinhadeira, anafador, canejeiro, fundeador de canejas, limpador de canejas, muradoiro. canastra, par de punhos, círcio e moeiras, almanjarras e outras. Coincidências… conhecimentos cruzados.
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Ílhavo,
25 de Novembro de 2023.
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Ana
Maria Lopes
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