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Num daqueles dias de
Agosto, quentes, soalheiros, de águas serenas, brilhantes e calmas, um
autêntico espelho de água, grandioso e belo, resolvemos fazer o anunciado
passeio à Torreira, de ida e volta, no “Costa do Sal”. O aspecto exterior do
navio, pesadão e inestético e a sua presença da ria, na Costa Nova, é algo que
tem sido discutido, mas a decoração
interior prima pelo bom gosto. Mas o verdadeiro objectivo deste post,
tanto pela descrição como pelas imagens, é chamar a atenção para o assombro e
beleza da paisagem. Nada que eu não conhecesse, de diversas viagens à Torreira,
de moliceiro. Mas, num plano superior, no segundo deck, o que é que a lonjura
da nossa visão alcança? Aquela noção de que todos temos que a Costa Nova é uma língua
de areia entre a ria e o mar, acentua-se. A altura quadruplica-nos a lonjura,
sem fim.
A visão da Costa Nova é soberba e lindíssima. A ilha branca pejada de gaivotas e gaivinas encanta. A passagem por baixo da ponte, mas tão pertinho dela, emociona. Parece que bate, mas não bate. O porto costeiro, na sua paleta colorida. Perto do Forte, a rota segue pelo lado do arrastão Santo André, contornando o Triângulo, de modo a rumar à Base aérea de S. Jacinto. E, por aí se vai seguindo, bem mais perto do céu e longe das águas cristalinas e espelhadas.
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Passando
pela mata de S. Jacinto, pela Pousada da Ria, pela Praia do Monte Branco, pelo
Estaleiro-Museu da Torreira, dá-se a volta em frente ao café do Guedes, na
Torreira. De regresso, em percurso inverso, tudo parece ser mais belo, porque a
calma acentua-se e a luz vai baixando e amarelece. A volta em frente ao Farol repete-se
e nunca cansa.
De alma cheia, chegámos à Costa Nova pelas 8 h de uma tarde quente e amena. Valeu a pena!!!!!!! Se a alma não é pequena.
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Ílhavo,
23 de Setembro de 2022.
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Ana
Maria Lopes
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