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Fez
quatro anos (1918), há bem pouco tempo, que visitei a exposição TITANIC – A Reconstrução, a
convite especial de Paulo Trincão, a quem muito agradeço, presente na
Expofacif, em Cantanhede, durante dez dias.
Foi
acarinhada com muito interesse e visitada por 18 mil e quinhentas pessoas, num
espaço de tempo bastante limitado.
Foi
a quarta exposição sobre o Titanic, que visitei. A primeira, em 1994, no Museu de Greenwich. A segunda,
no Mercado Ferreira Borges, no Porto, em 2004
e a terceira, no espaço Rossio, em Lisboa, em 2009.
A
emoção não foi a mesma da sentida nas anteriores, em que pretendia creditar a
existência dos mágicos talheres do Titanic,
pertença de algumas famílias figueirenses e, sobretudo, ilhavenses. Já o tinha
conseguido na terceira exposição no espaço Rossio, em Lisboa, em 2009. Mas,
aprende-se sempre mais e a exibição estava dignamente montada, de uma forma
séria e criteriosa, deixando para o final a sumptuosa surpresa.
Resumia, um pouco, a
história do navio desde o nascimento da lenda da construção (1907), do design naval rigoroso, criado em 1908,
do início da construção em Março de 1909, do dia do lançamento à água, em 31 de
Maio de 1911, do seu acabamento até Março de 1912, da viagem inaugural com
partida de Southampton, em 10 de Abril de 1912, até ao desfecho dramático do Iceberg à vista!, pelas 23 horas e 40
minutos de 14 de Abril de 1912.
Recriou alguns míticos
espaços, começando pela fotografia em
grande formato da escadaria sumptuosa de acesso aos salões de 1ª classe, alguns
pormenores das instalações de lavabos, diversas peças de louça, de garrafas de champagne Henri Abelé, alguns
instrumentos da orquestra que teria tocado, enquanto o Titanic se afundava, a cabine telegráfica Marconi, muitas
fotografias conhecidas, mas sempre emocionantes, em tamanho fantástico de cenas
fulcrais no naufrágio, os cadeirões do casal Strauss, de história
empolgante, no deck da primeira classe, e a simulação de uma das várias caldeiras
a carvão, do navio.
E
a ansiedade foi-se cultivando, à medida que os cenários nos conduziram até ao
simbólico e gigantesco iceberg, que
destruiu o dito indestrutível.
E
chegamos ao climax… à simulação do iceberg
e da fenomenal «maquette», de cerca de dez metros de comprimento, que a todos
espantou, numa escala de 1/30, bem como do estaleiro White Star Line, onde o
navio foi magistralmente construído.
De bombordo, uma plataforma aproximava os visitantes a nível do modelo, que era aberto, de modo a serem observados todos os pormenores dos diversos conveses, iluminados e em movimento.
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Fotos Paulo Godinho
Costa Nova, 18 de Agosto de 2022
Ana Maria Lopes
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