Isto é só para lembrar… Para mim, a Feira de Março, apesar da vetustez dos
seus quase 600 anos, já foi, já
era. Neste ano maldito de 2020, pelos motivos que todos sabemos, até faz falta…
Para aí, há sessenta anos, quando
vinha de férias da Universidade de Coimbra, que agradável era ir até à Feira de Março! Era mesmo obrigatório
experimentar as sensações dos divertimentos mais ousados, para a época –
comboio-fantasma, cadeirinhas voadoras, poço da morte –, ir ao Circo, flanar,
pavonear as toilettes já primaveris,
almejar encontros agradáveis, flirtar,
renovar as bijouterias, etc., etc.….
O ambiente favorecia a diversão!
Mas porquê no “Marintimidades”, estas intimidades? Apesar dos meus
verdes anos, os barcos moliceiros já
não me eram indiferentes. E daí ficou a
chapa que bati em 25 de Março de
1961. Não há dúvida que já atraíam as minhas atenções. Eis a prova.
Inauguração da Feira de Março – 1961
A ria, inspiradora e calma, espelhava
a paisagem!
Estava um bonito dia primaveril! O
Rossio é, era, (será?) sempre o Rossio! Alimentava-se da água que bebia! ….
Além do mais, era hábito os barcos moliceiros estarem presentes, por
iniciativa dos arrais, movidos pela
tradição, em razoável número, no Canal
Central, para exibirem as suas elegantes formas e garridismo cromático.
Com eles vinham, também, alguns mercantéis,
mais pesadões, mas sempre pujantes senhores da Ria.
Esta imagem deixa-me alguma saudade.
Apesar de continuar a apreciar a beleza do Canal Central, algo mudou e, se calhar, não foi para melhor.
Opiniões!...
Já agora, recordemos o postal que a
Comissão Executiva da Feira de Março editou em 1952.
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Em 1952…postal editado pela Comissão
Executiva
Ílhavo, 25 de Março de 2020
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Ana Maria Lopes-
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