domingo, 29 de abril de 2012

Barco do mar «em cavername»...

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Ontem (relativamente a 15 de Fevereiro), como vai sendo hábito, o Amigo Marques da Silva telefonou-me a comunicar que já tinha chegado à Gafanha, para uma mudança de ares, pelo Carnaval.

Eu que pensava que desta vez não o tinha convencido com a sugestão de mais uma miniatura (o barco do mar Sto. ANTÓNIO existente no Museu de Marinha de Lisboa), pelo tamanho intimidante da embarcação, enganei-me.
Andava muito calado o meu Amigo e, mesmo pelo telefone, não se abriu muito.


Se fosse à Gafanha, teria algo de novo para ver…o início do S. António – revelou-me.

Bem, muni-me de máquina fotográfica, mas nem levei o pano preto, habitual, de cenário. Supunha o barco muito incipiente.

Mas, ao entrar, que surpresa, perante a beleza, a perfeição e o avanço da maquette!

Muito mais que o tabuado do fundo e cavername (cavernas e braços das ditas), já tinha aplicado as bicas de proa e ré, as tábuas laterais do bordo e os foliamentos da proa e da popa. Que minúcia e que primor!
O autor e a companheira de uma vida tinham dedicado duas tardes, no MM, às medições (e o tamanho da embarcação não é para menos).

Algarismos, cálculos, regras de três, apontamentos, rascunhos, abundavam, sobre a mesa, para a elaboração prévia, habitual, do plano, na escala de 1/25.
Mas, neste caso, em vez da minúcia da descrição, não há nada como dar a apreciar as fotografias em cenário improvisado, um antigo xaile de merino, acabadinho de ser desvincado.
Aqui vão:


Plano lateral



Vai rodando…


Pormenor da proa (interior)




Visto de cima


PS. Não nos esqueçamos que há uma pequena diferença entre a ordem da aplicação de algumas peças, entre a embarcação em tamanho natural e a miniaturização, sabendo nós que o Autor procura sempre respeitar os princípios da construção naval real.

Fotografias da autora do Blog



Ílhavo, 15 de Fevereiro de 2012



Ana Maria Lopes
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domingo, 22 de abril de 2012

Bandeira da Associação dos Marinheiros

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Depois das diligências feitas relativamente às Bandeiras da Associação dos Oficiais da Marinha Mercante de Ílhavo que se encontram em vias de restauro, e evocação do seu historial, indagou-se posteriormente, no sentido de saber se havia, em reservas do MMI, também uma bandeira antiga representativa da Classe dos Marinheiros.

Acabou por concluir-se que em livro de entrega de peças, estava registada a entrada, a 11 de Novembro de 1988, da Bandeira da Associação Mista dos Marinheiros.


Parte central da bandeira


Também com um belo e adequado motivo central, bordado a ouro sobre seda branca, é igualmente digna de restauro.
Símbolo de união e trabalho, foi mandada fazer para cortejos e solenidades, em 1925, por subscrição pública, pela Associação Mista dos Marinheiros, fundada em 1924.

Destramente bordada pelas hábeis mãos da nossa conterrânea Leonilde da Velha, pela quantia de 4000$00, foi inaugurada a 4 de Abril, dia de Páscoa, de 1926, segundo informações do Jornal O Ilhavense de 9 de Maio do mesmo ano.



Imagem de pormenor



A contornar a parte central em seda branca bordada a ouro, tem uma cercadura larga também de seda, azul, ricamente bordada a ouro e pedraria com motivos florais, nos dois cantos inferiores. É rematada em três das margens por uma franja em fio metálico dourado, com duas borlas condizentes, pendentes em dois dos cantos inferiores.


Pormenor de canto, sem a franja



Pelos mesmos motivos, o processo de restauro por parte da Associação dos Amigos do Museu já está em andamento, com a intenção de agir de igual modo relativamente às duas bandeiras dos oficiais – exposição na Sala dos Mares do MMI, cujo conteúdo expositivo será melhorado neste 75º aniversário do Museu.

Fotografias – Da autora do blog
Ílhavo, 22 de Abril de 2012
Ana Maria Lopes
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segunda-feira, 16 de abril de 2012

Moliceiros - A Memória da Ria, no Museu de Marinha (em imagens)

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Como previsto, no passado dia 12, teve lugar no Pavilhão das Galeotas do Museu de Marinha, o lançamento da 2ª Edição revista e actualizada do livro Moliceiros – A Memória da Ria de Ana Maria Lopes, com fotografia de Paulo Godinho.
A apresentação esteve a cargo do Sr. almirante Rui Abreu, numa prosa atraente que cativou o público. Uma análise detalhada do livro provou que o apreciou com acentuado espírito crítico.

Não queríamos que este evento passasse despercebido no Marintimidades.


Tentamos valorizar a nobreza da cerimónia e o afecto entre os participantes. Os «ílhavos» fizeram-se representar à altura. Muito gratos estamos.


Aqui deixamos algumas imagens significativas.




Subdirector do Museu de Marinha dá as boas-vindas


Almirante Rui Abreu apresenta o livro



Aspecto parcial da assistência




Palavras de regozijo da autora



Autógrafos e dedicatórias


Mais uma vez agradecemos aos Srs. Almirantes Vilas Boas Tavares e Bossa Dionísio, pelas facilidades concedidas pela Comissão Cultural de Marinha e Museu de Marinha. Ao Sr. Comandante Costa Canas, pela maneira gentil como nos recebeu.

Imagens – Gabinete de imagem da Marinha
Ílhavo, 16 de Abril de 2012

Ana Maria Lopes

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Moliceiros - A Memória da Ria, no Museu de Marinha

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Entre bota-abaixos, uns dias de merecido descanso.


Ílhavo, 6 de Abril de 2012

Ana Maria Lopes
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