sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

A Costa-Nova em Fotoselos - I



Na décima sexta carteira da colecção de Fotoselos da Rotep, publicada em Julho de 1962, foram contemplados vários locais pertencentes a Ílhavo e ao seu concelho.
Por acaso, sabe o que é um fotoselo?

Deve saber. Mas, se não souber, não é difícil descobrir. A palavra é concludente – pedacinho de papel impresso, no formato de 8,4 x 6,8 cms., que, nem é selo nem fotografia. Era coleccionável, publicitário, enfim, era uma recordação ou um souvenir, como refere a própria carteira, que protege o conjunto dos doze (ou vinte) fotoselos.

Podíamos colar um em cada carta que escrevêssemos, coleccioná-los em álbum próprio ou simplesmente mostrar Portugal aos nossos filhos – dão-nos estas sugestões.

Curioso não é? Reporta-nos a outros tempos. Comparemo-los com os actuais meios publicitários e de comunicação.

A colecção da “nossa terra” exibia uma Vista Parcial de Ílhavo, o Estádio Municipal e Jardim Infantil, as Torres da Igreja Matriz, a Ponte de Juncalancho, a Capela da Vista Alegre, o Trajo de Tricana, um barco na Ria, a Praia do Farol, os Estaleiros da Gafanha e três dedicados à Costa-Nova, pelos vistos, merecedora de tal propaganda.
Esta carteira com 12 fotoselos tinha o custo de 4$50, com opções a preto ou sépia.
Por hoje, vamos saborear os da Costa-Nova, linda praia…

Quadro de Dias Sanches


Quadro de Eduarda Lapa


Costa-Nova


Quem imprimiu este fotoselo, não conhecia a Costa-Nova, pois a imagem está invertida.
Verifica-se muito bem à transparência. Confirmem os “entendidos”.

Mesmo assim, revejam as bateiras e os “Vougas”, de aluguer, do Sr. Tainha, a mota, a barca da passagem e, ao fundo, a antiga Pensão “A Marisqueira”.

Fotoselos – Arquivo pessoal da autora

Ílhavo, 20 de Fevereiro de 2009

Ana Maria Lopes


5 comentários:

Isabel Moreira Rego disse...

Lindos estes foto selos. Muito antigos.Parabéns pelo bonito trabalho de pesquisa.
Jinhos
Da miginha Isa

Anónimo disse...

Fiquei "preso"ao Marintimidades.Quando vi o fotoselo com a mota,os barcos do "Ti Taínhas"(bateiras MIUDA,TILDINHA e MARIA FERNANDA,"tamancos" e não vougas Navegador I,II,III e,mais "escarolado"o IV...)e o prédio que fechava a Marginal(era dos Pinto-Bastos,e mais tarde do "galego"da Marisqueira ?...Passei lá férias aí por 39/40...)vi logo que houve uma inversão E - D no diapositivo...)
kyaskyas@sapo.pt.

Anónimo disse...

No comentário de 28 de Maio esqueci-me de uma das bateiras do "Ti Taínhas"(ou Ti Francisco das Taínhas).A "Kiss Me".Falha imperdoável!...
O senhor tinha parentes que,de facto,apanhavam taínhas,montando aqueles cercos em espiral,que com o bater ritmado de varas no bordo da bateira iam "empurrando"as taínhas para a rede horizontal central,onde,num último salto,ficavam aprisionadas.
A DrªAna Maria,por certo,já descreveu o processo...
Cumprimentos,"kyaskyas".
Adenda:Fui timoneiro "pro bono"do ti Taínhas,apenas pelo gosto.Ia para onde queria,e não(às vezes...)para onde os "pagantes"queriam...

Anónimo disse...

Da primeira vez que li este "post"dei conta de a DrªAna Maria usar a expressão "Juncalancho"para a velha ponte deligação à Gafanha d'Aquém.Houve um período em que essa designação foi utilizada na imprensa local,mas julgo que a designação correcta é "Juncal Ancho",ou seja,"juncal largo"(= ancho...).Cumprimentos,"kyaskyas".

Anónimo disse...

Mais umas achegas,depois de passear pelo blog (efémero ?...)"200 anos de Costa Nova".Além de lá encontrar "Juncal Ancho",confirma a ideia de o tal prédio que "fechava"a A.Marginal ser dos Pinto Bastos (Mais concretamente,Alberto Pinto Basto)Tudo bem.Agora o que queria confirmar era se,pelos anos 39/40 não esteve na Costa Nova aquilo a que agora chamarei "cacilheiro"e que nós,crianças,chamávamos "Nónó-casas".Atracado à Esplanada,ou perto...E talvez trazido pelo referido Alberto Pinto Basto...
Cumprimentos,"kyaskyas".