domingo, 27 de fevereiro de 2011

Faina Maior - Para memória futura... no MMI - 1

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-As minhas palavras, num dia sensível e emotivo, em que até o tempo colaborou.

Auditório aconchegante, quase uma centena de livros vendidos, palavras afáveis, encontros, uns marcados, outros fortuitos, mas expressivos e significativos.

Caros Amigos/Amigas, porque de um encontro de Amigos se trata…

Não venho propriamente apresentar a Faina Maior. Foi mais que apresentada, há 15 anos.




Em primeiro lugar, o meu agradecimento à Associação dos Amigos do Museu, da qual faço parte, por ter levado a bom porto a reedição do livro Faina Maior – A Pesca do Bacalhau nos Mares da Terra Nova, publicado pela primeira vez em 1996. O tempo foi passando e…

…a minha história de “vida em comum” com o saudoso Francisco Marques, associação irrepetível, é, ou deveria ser sobejamente conhecida. Já tem sido contada.
Foi o gosto pela pesca do bacalhau que nos uniu. Encontrámo-nos na antiga Escola Preparatória em actividades culturais e por aí começou a nossa cavaqueira.

Primeira realização: o documentário À Glória desta Faina, que foi visionado neste Auditório do Museu, nos dias 4 e 11 de Novembro de 1989 – duas enchentes a que se não estava habituado. Os nossos homens do mar mereciam essa “homenagem”, se assim lhe quisermos chamar.

Entre mim e o Francisco surgiu a ideia de construir uma cozinha de bordo no Museu, se eu viesse a ser Directora…como constava. E atrás da cozinha, vieram a escala, o porão, o convés, o convés da popa, o beliche e rancho e o salão de oficiais, a começar pelo dóri, o pequeno/grande herói da pesca à linha, com o seu único ocupante, o homem do dóri.

Abriu em Novembro de 1992 a grande exposição A Faina Maior – Pesca do bacalhau à linha, que, de temporária, após um ano, passou a permanente.

Cartaz

De certo modo, marcou a evolução cultural da nossa terra, activando os sectores que com ela tinham ligações. Tem estado na base de muitos discursos expositivos, em volta do mesmo tema – basta recordar algum tipo de eventos…ou instituições – A Confraria Gastronómica do Bacalhau, As Tasquinhas do bacalhau, os vários livros da mesma temática que, posteriormente, têm vindo a lume, sob a chancela, de diversas editoras…

E o livro Faina Maior? Sim, este livro? Tendo uma equipa da Quetzal visitado a exposição em Maio de 93, havia-nos feito uma proposta de “pôr” a Faina Maior em livro.
Recebemos a proposta de braços abertos – foi o selar, por escrito, de uma grande Exposição.

Foto de Friedrich Baier


Assumimos ambos o compromisso, com os dissabores dos atrasos e as alegrias do sucesso. O texto veio a lume no Verão de 93, mas o lançamento, com as demoras habituais, teve lugar a 22 de Junho de 1996. Dividimos irmãmente os louvores, tanto que recebemos o Leme do Ano (ex-aequo) de reportagem a 28 de Junho do ano seguinte. O livro, entretanto, esgotara e era um firme desejo da Associação dos Amigos do Museu concretizar a sua reedição.

Lemes do Ano, Junho de 1997

(Cont.)

 

Ílhavo, 27 de Fevereiro de 2011

Ana Maria Lopes
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3 comentários:

Tito Cerqueira disse...

Ana Maria : se há livros que não podem faltar na loja da Associação dos Amigos do Museu de Ílhavo - e não só -, este é um deles. E esta tão ansiada 2ª edição veio, finalmente, colmatar uma falha que,infelizmente, há muito se estava a arrastar no tempo. Mas, como diz o nosso povo, "mais vale tarde do que nunca"! E a sessão da sua apresentação, que contou com a presença de muitos e bons amigos, foi muito digna e esteve bem à altura do acontecimento. Por mais esta feliz iniciativa, estão pois de parabéns a AMI e tu, muito em particular. E nós, os ílhavos, que gostamos destas cousas do mar, muito vos agradecemos e estamos gratos.

Anónimo disse...

Lamentando a impossibilidade física
de estar presente em tal evento,
e corroborando quanto acima nos diz Tito Cerqueira, congratulo-me com o êxito da reedição de Faina Maior, obra imperdível em prol de todos os amantes destas coisas do mar.
Parabéns pela vossa dedicação.

Albino Gomes

Unknown disse...

Parabéns pela iniciativa de lançar a 2ª edição do "Faina Maior".

Abraço,
Etelvina Almeida