segunda-feira, 20 de novembro de 2023

Encontro no Museu

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No passado sábado, encontrei no MMI, o amigo Reinaldo Delgado, que, por coincidência, também me procurava. Queria dar-me a conhecer que, na senda do livro sobre sinistros marítimos, tinha já apresentado em Vila do Conde e Leça, o II volume intitulado “Sinistros Marítimos, no país e no estrangeiro, desde 1823 até 2020”.

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Capa do livro
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Folheei-o, matei a primeira curiosidade, mas não tive tempo de perguntar ao autor, se também o apresentaria em Ílhavo, à semelhança do primeiro volume. A imagem da capa chamou-me a atenção e sobre ela falámos. Era uma apelativa imagem do lugre-patacho bacalhoeiro ”Vencedor” (1903-1909), encalhado numa das linguetas na Cantareira, à Foz do Douro.

Construído na Suécia, em Maio de 1871, o “Mary”, para N. Olsson Helsingborg, foi comprado pelo armador do Porto José Joaquim Gouveia, ao antigo armador, J. F. Ribeiro de Magalhães & Filhos, em 1903, também do Porto, quando era ainda denominado “Minho”.

Com as seguintes dimensões, Pp 36,79 mts – Boca 7,99 mts – Pontal 3, 87 mts, tinha só propulsão à vela. Com uma equipagem de 37 tripulantes, usava 32 canoas.

Ancorado no Douro em local situado em frente ao Gaz, devido à força da corrente da cheia de 1909, partiram-se-lhe as amarras, vindo rio abaixo na manhã do dia 23 de Dezembro, até encalhar numa das linguetas da Cantareira, próximo à Foz. Depois de desencalhado em virtude das avarias sofridas no casco, deve ter sido mandado desmantelar no final do mês de Janeiro de 1910.

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Lugre-patacho “Vencedor”
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Ílhavo, 20 de Novembro de 2023

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Ana Maria Lopes

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