sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

A bateira erveira de Canelas – III

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Para levar os donos ao S. Paio e antes da vinda para o museu, em fins de Agosto do mesmo ano, sofreu a sua última amanhação, junto ao esteiro de Canelas. Aqui está o Ti Arnaldo, a dar-lhe os últimos retoques de breu.


A última amanhação – 25.8.1994


A 5 de Outubro, fez a última viagem pela Ria, de Canelas, até ao esteiro da Malhada. Para nós, os Amigos Francisco Marques, Aníbal Paião e para mim, foi um feriado em cheio, a seguir-lhe a viagem desde que foi visível, a partir do Cais dos Bacalhoeiros e a recebê-la de braços abertos.

A recepção, no esteiro da Malhada…


Na colunata do último edifício do Museu, aí foi esperando que fosse incorporada no espólio da anterior Sala da Ria, que abriu as suas portas a 25 de Novembro de 1995.

E lá continua, agora no actual edifício, para quem a quiser visitar.


Ecos de um passado completamente morto…

Se não tivesse sido poupada à lei da extinção que a perseguia, teria acabado pelos esteiros de Canelas e Salreu, sem vestígios de existência, como tantas outras (última imagem) que por lá havia, já num completo estado de degradação.
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Fotografias – Arquivo pessoal da autora


Ílhavo, 21 de Janeiro de 2011

Ana Maria Lopes
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3 comentários:

fangueiro.antonio disse...

Boa tarde.

O registo fotográfico desta bateira é belíssimo.
São realmente "Ecos de um passado completamente morto…"

Paulo Miguel Godinho Marques disse...

Alguns comentários de alguns dos artigos deste blog davam pano para mangas..., para velas, ... mais do que um museu de vivências, de encontros e de descobertas.

marmol disse...

Aguardei pela conclusão para dar mais uma vez os parabéns por tão bela apresentação.
As fotografias bem tiradas e bem enquadradas ajustam-se a um texto apaixonante e atractivo.
Oliveira Martins