A próxima palestra integrada no 3º Ciclo de Conferências sobre “Aveirenses Ilustres” que a Câmara Municipal de Aveiro leva a efeito no auditório do Museu da Cidade, das 18, 30 às 19,30 horas, do dia 26 de Novembro, presta homenagem ao Artista ilhavense Cândido Teles.
Com esta iniciativa pretende a CMA homenagear personalidades que, activamente, deram o seu contributo para o desenvolvimento sociocultural e político-económico da região, valorizar a Historiografia Local e formar pedagogicamente públicos.
Associada à palestra evocativa decorre também uma pequena mostra de objectos e literatura alusiva à individualidade evocada que estará patente durante 15 dias no espaço do Museu da Cidade.
Tem hoje, também, o Artista, um lugar de destaque no Marintimidades, porque a oradora convidada será a autora deste blog e Cândido Teles, apesar de muitos outros aspectos de relevo, identifica-se, na região, com um grande pintor da Ria, da Costa Nova, das nossas fainas marítimas e lagunares.
António Cândido Patoilo Teles nasceu em Ílhavo, no Arenal, em 1921 e faleceu na mesma cidade, a 31 de Outubro de 1999.
Cândido Teles, fruto da sua profissão, viveu e interpretou, na tela, ambientes distintos: Aveiro, Ílhavo, Açores, África (Angola, Guiné, S. Tomé e Moçambique), Madeira, Alentejo, Algarve, num intenso trabalho, sofrendo, em todos eles, uma influência dos meios, humano e paisagístico.
Mutações, nos aspectos temático, técnico e estético da sua arte, fizeram dele um experimentalista nato. À Ria de Aveiro, de que se afastou, geograficamente, por circunstâncias profissionais, voltou, com garra, nos últimos 20 anos da sua vida, numa técnica estruturalmente enobrecida e diversificada.
Ao longo da vida, recebeu várias distinções e a sua obra está representada em diversos museus nacionais e colecções públicas e particulares.
Plurifacetado, usou sabiamente o lápis, as tintas, os pincéis e a espátula; moldou o barro e trabalhou o ferro forjado.
Em matéria de datas, o último dígito – 9 – teve, na sua vida, uma forte carga afectiva; repete-se, por coincidência? …1939, primeira Exposição no Salão Arrais Ançã, na Costa Nova; 1999, ano do falecimento; em 2009, teria feito 70 anos de vida artística e passaram dez anos, após a sua morte.
Como apreciadora do Mestre Cândido Teles e amiga da Família, fizemos o melhor para apresentar uma visão globalizante da obra do Artista. Evocar é, sobretudo, lembrar e revisitar.
Apreciemos uma ligeira mostra de óleos, por ordem cronológica:

Tríptico da arte xávega. Col. MMI
Saleiros. Aveiro. 1969. Col. CMI

Ria em verde. 1969. Col Família

Estudo Painel. Aveiro. 1985. Col. Família
Flores (uma excepção). 1998. Col. JLR
+de+Atelier+II.+1999.+17.2009+076.jpg)
Último quadro datado, no cavalete. 1999
Oxalá tenham apreciado esta abreviada e truncada visita pela obra de Cândido Teles. Se assistirem à evocação, apreciarão bastante mais.
Os nossos agradecimentos pela cedência das obras fotografadas.
Ílhavo, 21 de Novembro de 2009
Ana Maria Lopes
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2 comentários:
Olá Ana
Gostei muito deste teu artigo sobre o Mestre Teles..tenho alguns quadros dele que adoro..um até com uma estória com o autor muito engraçada..
Beijinhos
Maria
boa tarde , eu gostaria de saber sobre os valores dos quadros pois eu tenho um parecido com o da ria verde mas na vertical datado de 1965 e que me foi dado de heranca.obrigado.
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