Visitei a exposição Titanic The artifact exhibition, em Lisboa, no espaço Rossio, no mês passado.
É a terceira vez que visito exposições sobre o Titanic:
Em 1994, no Museu de Greenwich; no Mercado Ferreira Borges, no Porto, em 2004 e, agora, no Rossio, em Lisboa, em 2009.
A emoção, pela terceira vez, já não foi a mesma, mas, lá, tive oportunidade de apreciar muito mais peças do que em 1994, porque as expedições ao local do Titanic, para estudos e recolha de peças, foram-se sucedendo.
E aprende-se sempre mais. A meu ver, a exposição está dignamente montada, de uma forma séria e criteriosa.
Resume, um pouco, a história do navio desde o nascimento da lenda da construção (1907), do design naval rigoroso, criado em 1908, do início da construção em Março de 1909, do dia do lançamento à água, em 31 de Maio de 1911, do seu acabamento até Março de 1912, da viagem inaugural com partida de Southampton, em 10 de Abril de 1912, até ao desfecho dramático do Iceberg à vista!, pelas 23 horas e 40 minutos de 14 de Abril de 1912.
A RMS Titanic tem-se empenhado em reunir, preservar e restaurar o máximo possível de objectos.
A história já foi contada e recontada, mas nunca de uma forma tão intensa e apaixonante como o fazem os artefactos diversos apresentados nesta exposição.
Os objectos estavam lá, na hora, pertenceram ao navio e às pessoas que navegaram nele. Não pretendem afastar a dor da perda dos passageiros, mas demonstram a importância de recordar e celebrar todos aqueles cujas vidas desapareceram com o naufrágio.
O achamento do Titanic contou com a colaboração de cientistas, aquanautas, historiadores, arqueólogos, engenheiros marítimos, arquitectos navais e conservadores de todo o mundo.
Antes da recuperação dos artefactos do Titanic, não havia uma especialização na conservação de materiais, retirados de uma profundidade de 3800 metros e sujeitos a uma pressão colossal!
Cada objecto exige um tratamento especial e a enorme variedade de materiais impõe a intervenção de especialistas não só em papel, mas também em têxteis, madeiras, metais, cerâmica, couro, etc.
Infelizmente, não existem técnicas de preservação do próprio navio, que está lentamente a ser consumido por micróbios que comem ferro. Parece impossível como a opulência do Titanic alimenta a sofreguidão de micróbios exíguos…
O que mais me impressionou?
(Cont.)
Costa-Nova, 26 de Julho de 2009
Ana Maria Lopes
2 comentários:
Bom dia DRA ANA MARIA ,sempre ao corrente das coisas ,este do TITANIC já deu filmes e ainda a mais para esclarecer ,por isso a DRA mais que ninguem !
O TITANIC foi um caso que apaixonou e ainda hoje apaixona muita gente ém especial os homens do mar e não só ,eu pelo menos não deixo de ler e reler algo sobre a invulgar tragédia do Titanic que tantas vidas levou,foi horroroso, os nossos pensamentos estão com eles,BÉM HAJA DRA ANA MARIA um beijo de amizade para SENHORA ...Jaime
Olá Dra Ana Maria,
É só para comentar que o modelo na fotografia foi fornecido pela Nautique-Presentes do Mar, bem como um conjunto de artigos todos alusivos ao Titanic.
Ao ver a exposição lembrei-me da colher de que falou...
Cumprimentos
Leonel
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