quarta-feira, 12 de julho de 2023

Na Costa Nova, há 63 anos...

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Na Costa Nova, os turistas não abalam, sem levar umas fotos, tendo como cenário, os palheiros, os mais apetecíveis. Os famosos risquinhas! Os proprietários deveriam passar a cobrar. Chegam a entrar nos terraços e a sentar-se nos bancos como que se deles fossem. E esta, hein? 

Além dos palheiros, há casas bem bonitas e também carismáticas, nesta praia. E a Mota (actual turismo)? Nada, não vêem mais nada. 

Começo a aperceber-me que as estreitas vielas, que davam e ainda dão acesso às recoletas lhes começam a interessar. E, vai daí, mais uma “chapa”. Outros recantos, também com encanto, mais lá para o sul, nem são visitados. Nem o cais dos pescadores, cenário também apetecível.

Penso e reflicto. Com 78 verões por aqui passados, não tenho uma imagem, uma que seja, com um palheiro, o meu eleito, como fundo. Ainda estarei em tempo de aproveitar? Talvez.

Na nossa juventude, tínhamos por hábito fazer sessões fotográficas, para o que nos aperaltávamos, feitas modelos, mas o que elegíamos?  A esplanada, a ria, com todas as embarcações tradicionais que ainda ia tendo, as varandas, a Biarritz, o movimento da romaria da Senhora a Saúde…  Mas um dos cenários eleitos, de que fiquei com algumas recordações, era mesmo o sul piscatório, interagindo com os pescadores que remendavam redes, preparavam aparelhos e outras tarefas necessárias ao seu dia a dia. Por vezes, uma visita também ao “barco do mar”, a dita arte xávega, assim apelidada, actualmente. Essa, por aqui, foi-se. Há muito que deixou de existir, desde os anos 50, do século passado.

Eis algumas das referidas fotos como documento, com as modelos, Manuela Vilão, Alcina Cachim Parracho e eu, com dois amigos de então.

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A sul, as modelos e um pescador

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Exibem a juventude, vestidos de negro
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Cena piscatória, ao sul
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Na proa do “barco do mar”
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Ílhavo, 12 de Julho de 2023

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Ana Maria Lopes-

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