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Já
há uns três anos que não me integrava na procissão lagunar em honra da Senhora
dos Navegantes (durante dois anos, não houve), que sai da Gafanha da Nazaré,
até à capelinha da Nossa Senhora dos Navegantes, no Oudinot, junto ao Forte da
Barra.
Com
mais embarcação ou menos embarcação, é sempre arrasadora, com a ondulação das
águas, o brilho das mesmas, a quantidade de acompanhantes, sempre a procurarem
a melhor perspectiva, sem abalroar o barco vizinho.
Sem
tanta genica, mas ainda com vontade de acompanhar a procissão a bordo do
moliceiro “São Salvador”, com a proa de bombordo, cuja decoração me é dedicada,
lá fui, num domingo esplendoroso, quente, calmo, soalheiro e bem acompanhada.
“Maria vai com as mais” …
Já
não faço “clichés”, mas para dar uma ideia aos leitores do fulgor que é a
procissão, “pesquei” foto aqui, foto acolá, esperando que me desculpem.
Depois
de as divindades e acompanhantes terem entrado para bordo, no cais frente à
Pascoal, abria a procissão um barco dos Pilotos, com a Nossa Senhora da Boa
Viagem, a bordo.
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Na altura certa, a procissão deslocou-me de modo a passar frente a S. Jacinto, dando-se o encontro caloroso entre as duas divindades, Senhora das Areias e Senhora dos Navegantes, entre bênçãos, rezas, devoção e muitas pétalas de flores, lançadas á água – momento alto.
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Dando
a volta pelo Triângulo, perante centenas de espectadores, dirigiram-se ao cais
frente à Capelinha da Senhora dos Navegantes, para que saíssem participantes,
ranchos folclóricos, entidades, filarmónicas e os andores.
Entretanto, já o “São Salvador” se posicionara, ancorado, para conseguir a melhor visão possível, entre o ruído do foguetório e das ovações. Algum mais encalorado aproveitou o dia soalheiro e quente, para dar um delicioso mergulho, em águas tépidas e transparentes.
Ílhavo, 21 de Setembro de
2022
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Ana Maria Lopes
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