sexta-feira, 16 de setembro de 2022

Objectos com "memória"...

 

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Prometi à amiga Noémia Ribau, que registaria estes singelos, mas marcantes episódios. E cá vão:

O relato de “Tributo a Marítimos de Ílhavo” mais marcante e pungente é, sem sombra de dúvidas, o de seu Pai, José Duarte de Oliveira (Zé Pinto), que “partiu”, sem retorno, para o fundo do mar florido, num dia de Agosto de 1952, há 70 anos. Relato que Bernardo Santareno escrevera, num sonho que só podia ser premonitório, em “Mares do Fim do Mundo”.

Emocionada, Noémia esteve presente no lançamento do livro e fez questão de doar ao MMI, uma manta de lã, avermelhada e cinza, que cobrira o Zé Pinto, no seu beliche, na última noite que lá dormiu.

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Num gesto simbólico e simpático, levou um ramo de 38 cravos vermelhos, que distribuiu, aleatoriamente, por algumas das pessoas presentes, evocando os 38 anos que o Pai tinha, quando nos deixou, para ficar sepultado nas águas gélidas do Oceano.

E assim se vai fazendo história…

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Ílhavo, 16 de Setembro de 2022

Ana Maria Lopes

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