sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Júri visitou lancha Praia da Costa Nova

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A lancha Praia da Costa Nova candidatou-se, pela primeira vez, aos prémios «Luigi Micheletti», atribuídos a património cultural de cidades europeias. Com a candidatura aprovada, a lancha histórica, devolvida à cidade pelo jovem empreendedor Gustavo Madeira Barros, recebeu ontem a visita do presidente do júri dos prémios, Karl Murr, na Navalria. Um reconhecimento «in loco» das características e potencialidades da lancha, enquanto motor de desenvolvimento cultural e representatividade da história local, que ajudará ao júri na atribuição dos prémios. A lista de vencedores (20 concorrentes) será divulgada dentro de dois meses, estando a cerimónia de entrega agendada para Abril, na Grécia.
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Durante a festa da Senhora dos Navegantes (2015)
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A Praia da Costa Nova é a embarcação com mais história e prestação de serviço público que navega pela ria de Aveiro, promovendo passeios e que se quer revelar como um museu flutuante ao serviço do turismo da ria. Com 16, 78 m de comprimento, a lancha, coberta, foi construída em madeira de pinho e cavernas em riga, com o casco chapeado a cobre, o que faz dela um verdadeiro «tesouro flutuante».
Após a candidatura, a lancha foi posta em seco na Navalria, onde tem vindo a sofrer vários melhoramentos, bem visíveis.
 
Com novo colorido…e não só

Com lotação para 89 passageiros e três tripulantes, o texto de candidatura ao prémio revela que «na década de 40, devido à grande necessidade do transporte dos militares da Base Aérea, colaboradores dos Estaleiros, habitantes da vila e até bens essenciais, como peixe, hortaliças, correio, foram mandadas construir várias lanchas de carreira, tais como, Praia da Torreira e Costa da Luz. A Praia da Costa Nova, curiosamente, foi uma das primeiras lanchas a serem construídas a pedido da Empresa de Transportes da ria de Aveiro, vindo a terminar o serviço público em 2006».
Durante décadas, ligou São Jacinto, Aveiro, Gafanhas, Ílhavo, Ovar e Murtosa, transportando diariamente centenas de pessoas e bens, desempenhando um importante papel na dinâmica local.

Chegada do júri e comitiva

O jovem empreendedor Gustavo Madeira Barros salvou a lancha do abate, recuperando a embarcação sem apoios e com grande entusiasmo. Actualmente, revela-se um museu navegante, honrando as memórias da ria e o peso da tradição.

Foto de grupo…

Oxalá o júri tenha ido satisfeito com o diálogo e observação, parecendo que ficou «impressionado» com a embarcação. Desejo as maiores felicidades ao Gustavo, para que o seu sonho navegue em beleza, divulgando a «nossa» ria e as suas paisagens deslumbrantes e mutantes, consoante as fases do dia. Tenho o prazer de lhe agradecer o convite que me dirigiu para estar presente.
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Fotos – cedidas gentilmente por Etelvina Almeida
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Ílhavo, 12 de Fevereiro de 2016
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Ana Maria Lopes
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