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Também na Gafanha da Encarnação houve pintores populares de moliceiros, que lhes reformularam as
pinturas sempre que necessário.
Foi o caso do Ti
Adelino Graça, por alcunha o Ameixa,
que fez, também, até ao Verão de
Mas o Ti Adelino (1911-1990), como ele me confessou, nasceu num moliceiro, começou a gatinhar nas painas da proa e por lá foi vivendo com uma irmã até aos sete anos. Mais tarde, passou a ter barco próprio, até que se desfez do último em proveito do Museu de Marinha de Lisboa, em 1979. Tinha sido construído em 1964 pelo Mestre Henrique Lavoura, nascido em 1930, em Pardilhó.
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E lá está, acolhido no Museu de Marinha, exposto ao público, no Pavilhão das Galeotas, não em grande estado de conservação (pelo menos na última vez que o vi). Exibe os painéis, de uma grande singeleza e ingenuidade, pintados pelo seu último proprietário, não sem um ou outro erro ortográfico e até o uso do grafema N, invertido. Os de estibordo:
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Merecia uma profunda amanhação,
porque é uma embarcação com passado…
Fotografias de Arquivo
Costa Nova, 21 de Setembro de 2023
Ana Maria Lopes
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