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Libânio
Tibério Boia Paradela, filho de José António Paradela e de Rosa de Jesus Boia,
nasceu em Ílhavo, na Rua de Alqueidão, em 9 de Julho de 1940.
Possuidor da cédula marítima nº 115.820, passada pela Capitania do porto de Lisboa, em 29 de Dezembro de 1960, foi Homem do Mar. Além de, na safra de 1962, ter sido praticante de piloto no arrastão “Santa Mafalda” , foi de imediato com o Capitão António Pascoal, no navio-motor “Novos Mares”, nas campanhas de 62, 63 e 64. Filmei essa entrada na barra e foi aí que conheci o Tibério.
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Foi
casado com Maria Elisabete (Betinha) Barata de Matos Moreira, de cuja união
nasceram os filhos Ana Margarida e José António Barata Moreira Paradela.
Andou
pelas Àfricas, sempre, Homem de Mar. Nunca tive grande contacto com ele, mas,
de Verão, na Costa Nova, passava de bicicleta, quase diariamente, para o
encontro dos “ílhavos” no café Atlântida.
Era
este o Tibério que conheci, sorridente, solidário e bem-disposto. Pertencente
ao Club dos Lions de Ílhavo, socializava. Hábil na escrita, foi colaborador do
jornal “O Ilhavense”. Tentou outros voos difíceis, e deu ao prelo no Verão de
2014, o romance ficcionado “Neste Mar É Sempre Inverno”, apresentado no CVCN.
Já que ainda participou, como imediato, na pesca nos botes, gostava de saber como sentira esse tempo. Embora não concordasse com alguns aspectos apresentados, deparei-me, ao lê-lo, com vários excertos de uma bela prosa.
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No último Verão, um ar débil tomou conta dele e, de problema em problema, assim “partiu”, ontem, 24 de Novembro de 2021, com 81 anos, para essa viagem “sem retorno”. Esperemos que seja por um mar calmo, já que ele o amava.
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Ílhavo,
25 de Novembro de 2021
Ana
Maia Lopes
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