quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Associação dos Amigos do Museu Marítimo de Ílhavo (AMI)

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Actual edifício do Museu


Neste mês de Janeiro de 2012, ano em que o Museu Marítimo de Ílhavo celebra os 75 Anos da sua fundação, dedicamos a rubrica “a nossa gente” à Associação dos Amigos do Museu Marítimo de Ílhavo.

A história dos Amigos do Museu confunde‑se com a história do Museu Marítimo de Ílhavo. Os Amigos, corporizando a velha ideia de criação do “Museu dos Ílhavos”, começaram a reunir-se informalmente na redacção do jornal “O Ilhavense”, a partir de 1922, para dar início à grande tarefa!

Américo Teles, seu fundador, foi o expoente maior da corporização da ideia e das Comissões Organizadoras do Museu que trabalharam afincadamente na criação do Museu até 1937, data da inauguração.
Em 1941 é formalmente instituído o “Grupo dos Amigos do Museu” que, no entanto, só virá a ser oficializado com novos estatutos e escritura pública em 1994 sob a designação de “Associação dos Amigos do Museu de Ílhavo” (AMI).

Foram seus presidentes da direcção, Paulo Ramalheira (41/42), Ascensão da Silva Rocha (43/44), Manuel Nunes da Fonseca (47/48), Cesário da Cruz (52/57), Manuel Pio Maia Ramos (58/59), Guilhermino Ramalheira (60/70), António Sarrico Picado (70/73), Célio Salvadorinho (74/93) e, desde 1994 até à actualidade, Aníbal Machado Paião.


A Associação conta com 700 associados de muitas partes do País, de diversificadas formações e interesses socioeconómicos, tendo como objectivos principais colaborar com a Direcção no enriquecimento do acervo, na preparação de exposições, na divulgação de actividades, na edição de publicações e incentivar o interesse pela cultura ilhavense e marítima sendo absolutamente alheia a qualquer actividade sectária de índole política, religiosa ou económica. Actualmente a quota mínima anual é de doze euros.

Ao longo destes oitenta anos deve salientar-se o imprescindível papel da AMI na definição das sucessivas estratégias prosseguidas, com especial destaque para a redefinição da vocação principal do Museu, ou seja, a celebração da cultura marítima tendo por base a pesca do bacalhau e a cultura lagunar, cruzamento identitário que define a personalidade da comunidade ilhavense com a qual fazemos interface.

A construção do novo e magnífico edifício, bem como a imperiosa necessidade de uma direcção permanente e profissional, foram outras importantes causas dos Amigos.

Merecem ainda destaque o enorme e continuado enriquecimento das colecções, desde João Carlos à pintura de temática marítima, ao acervo da sala Capitão Francisco Marques, às embarcações da sala da ria, às maquetes, à instrumentação náutica, ao arquivo fotográfico e aos arquivos depositados (CRCB, Grémio, Parceria Geral de Pescarias), podendo mesmo assumir-se que os Amigos são responsáveis pela obtenção de uma parte significativa do acervo do Museu.

O projecto “De Novo na Terra Nova”, idealizado e coordenado pela AMI, em colaboração com a Embaixadora do Canadá Patricia Marsden-Dole e a Câmara Municipal de Ílhavo (e diversas outras entidades), foi outra das importantes iniciativas que ajudaram a projectar o Museu.

A AMI continua, como sempre, disponível para servir e lutar pela sustentabilidade do Museu, afinal a sua razão de ser, estando empenhada em participar activamente na construção da nova fase da vida do Museu Marítimo de Ílhavo no ano 2012.

Anterior edifício do Museu, até 2001

Fonte - Agenda “Viver em”, da CMI, mês de Janeiro

Ílhavo, 5 de Janeiro de 2012
Ana Maria Lopes
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