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O 124.º Aniversário da Restauração do Concelho de Ílhavo foi assinalado
ontem, quinta-feira, dia 13, numa homenagem a todos os ilhavenses que, durante
3 anos (entre 1895 e 1898) lutaram pela autonomia municipal.
Recorde-se que, em 1895, o Município de Ílhavo perdeu a sua autonomia,
tendo sido integrado no concelho de Aveiro, pelo decreto de 21 de novembro de
1895.
O Ultimato Britânico, a crise financeira, a bancarrota parcial portuguesa e
a permissividade do Código Administrativo de então constituíram-se como os
principais fatores que estiveram na origem da perda de autonomia de Ílhavo.
Três anos após a extinção, Ílhavo recuperou a sua autonomia, pelo Decreto
de 13 de janeiro de 1898, fundamentando-a com o controlo financeiro das contas
do concelho, o valor das suas transações comerciais e a existência de empresas
de referência, como a Vista Alegre e os Estaleiros Mónica. O regresso dos
Progressistas ao poder e a prova de que a extinção dos concelhos não refletiu
uma redução da despesa pública como se esperava contribuíram também para esta
mudança.
O construtor Manuel Maria Mónica esteve no centro das comemorações da
independência (1889-1959), pelo seu papel na construção naval, a partir dos
estaleiros da Gafanha da Nazaré com projecção nacional, “igualado aos génios
dos construtores navais da época dos descobrimentos”, como escreveu João
Campolargo no prefácio da edição especial “Nossas Gentes – Biografias” sobre
Manuel Maria Bolais Mónica, da autoria do Prof. Vítor Carvalho.
Além da biografia, o programa, de ontem, do aniversário da restauração de
Ílhavo, incluiu ainda uma intervenção de Pedro Silva sobre “Manuel Bolais Mónica
e a religiosidade bacalhoeira” e a exibição do filme sobre o bota-abaixo do
navio “São Jorge”, da autoria, à época de Vasco Branco, comentado por Ana Maria
Lopes. O Presidente João Campolargo encerrou a sessão, tendo havido,
seguidamente, em dois grupos, uma visita guiada ao Centro de Religiosidade
Marítima de Ílhavo.
Fotos para mais tarde recordar:
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Fotos de João Parracho
Ílhavo, 14 de Janeiro de 2022
Ana Maria Lopes
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