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Faz, hoje, exactamente, 21 anos que
Cândido Teles faleceu, com 78 anos de idade.
António Cândido Patoilo Teles nasceu em Ílhavo, no Arenal, a um de Janeiro de 1921 e faleceu na mesma cidade, a 31 de Outubro de 1999.
Cândido Teles, fruto da sua profissão, viveu e interpretou, na tela, ambientes distintos: Aveiro, Ílhavo, Açores, África (Angola, Guiné, S. Tomé e Moçambique), Madeira, Alentejo, Algarve, num intenso trabalho, sofrendo, em todos eles, uma influência dos meios, humano e paisagístico.
Mutações, nos aspectos temático,
técnico e estético da sua arte, fizeram dele um experimentalista nato. À Ria de Aveiro, de que se afastou, geograficamente,
por circunstâncias profissionais, voltou, com garra, nos últimos 20 anos da sua
vida, numa técnica estruturalmente enobrecida e diversificada.
Ao longo da vida, recebeu várias distinções e a sua obra está representada em diversos museus nacionais e colecções públicas e particulares.
Plurifacetado, usou sabiamente o
lápis, as tintas, os pincéis e a espátula; moldou o barro e trabalhou o ferro
forjado.
Em matéria de datas, o último dígito – 9 – teve, na sua vida, uma forte carga afectiva; repete-se, por coincidência? …1939, primeira Exposição no Salão Arrais Ançã, na Costa Nova; 1999, ano do falecimento; em 2009, teria feito 70 anos de vida artística e passaram dez anos, após a sua morte.
Como apreciadora do Mestre Cândido Teles e amiga da
Família, fizemos o melhor para evocar uma das facetas dele que mais me toca – a
Ria. Evocar é, sobretudo, lembrar e revisitar.
Apreciemos uma ligeira mostra de trabalhos seus, por ordem cronológica:
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Tem hoje, também, o Artista, um lugar de destaque no “Marintimidades”, porque Cândido Teles, além de muitos outros aspectos relevantes, identifica-se, na região, com um grande pintor da Ria, da Costa Nova, das nossas fainas marítimas e lagunares.
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Ílhavo, 31 de Outubro de 2020
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Ana Maria Lopes
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