Quem
poderá, um dia, «fechar os olhos» a tanta beleza?
Na
Costa Nova, depois de uma noite de lua cheia prenhe de luz, reflectida sobre a
laguna argêntea, um sol incandescente e doirado iluminou a ria, de madrugada,
sobrepondo-se aos tons azulinos e violáceos com que antes a vestira.
O
objectivo de tal madrugada foi saudar, em passeio de moliceiro, a SAGRES, a «nossa barca
bela» (lembrou-me Garrett), que veio visitar o porto de Aveiro, Gafanha da
Nazaré.
Depois
da edição e reedição do livro Sagres
– Construindo a Lenda, do Comandante António Manuel Gonçalves, Edição da
Comissão Cultural da Marinha, tudo está dito sobre este embaixador de Portugal.
Que mais acrescentar?
Creio
que as imagens que ilustram esta saudação são esclarecedoras:
Junto
à praia velha da Barra, com o Farol ao fundo, entre céu eivado de algodão
esfiapado e «mar de azeite e prata», esperamos com ansiedade o símbolo marítimo
da Pátria.
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Entre
molhes, eis que surge a «barca bela», a SAGRES, aguardada entre uma etérea neblina
matinal.
Avança
lentamente entre azuis suaves, em águas serenas e espelhadas, apesar da força
da vazante.
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A
carranca dourada como que aponta o
caminho ao país que «deu novos mundos ao mundo», sob o lema da sigla «TALANT DE BIEN
FAIRE».
Auxiliado
por dois potentes rebocadores, o Navio-Escola Sagres prepara-se para acostar, entre uma doce neblina que teimava
em não se levantar no Terminal Norte do Porto de Aveiro, onde estará aberto ao
público, hoje e amanhã. Vale a pena ir visitá-lo, assim como valeu a pena ir
recebê-lo.
Imagens
– Da autora do blogue
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Costa
Nova, 21 de Setembro de 2013
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Ana Maria Lopes
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2 comentários:
Belo! Assim foi, assim aconteceu... lá estava a Ana Maria para o presenciar e descrever, como bem sabe!
Ana Maria,
Em tudo nesta vida, nada está esgotado, há sempre alguma coisa que se pode acrescentar. E em relação à "Sagres", a "barca bela", aqui está a prova provada. Magnífica reportagem.
Parabéns.
Tito Cerqueira
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