A pôr vieiros...
É com precisa geometria
de saber feito, que se traçam os meios, ao eixo, num riscado de torrões
de lama, velha e ressequida das anteriores safras.
Põem-se os vieiros, enchem-se com novas areias,
alisam-se, calcam-se, endurecem-se...
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Gente do sal
retira e acarreta tudo o que restou e se criou no alagamento, para depois repor
areias novas.
E num corridinho
de homens e mulheres, de canastra à
cabeça, equilibrando-se por estreitas tábuas, carrega-se a tão almejada areia do malhadal para os vieiros.
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A areia, essa, espalha-a, a jeito, o robusto moço, a mesma que o marnoto, com o seu saber, alisa e calca.
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Marnoto
que labutas na marinha, e que
fastidioso trabalho é o teu!
Ora cortas e remexes, ora rapas e carregas,
para depois encheres, alisares e endureceres os vieiros por onde os rapões
passarão vezes sem conta, juntando, sem misturar, o puro ouro branco.
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Nota – Para esclarecimento de
linguagem técnica, consultar GLOSSÁRIO de Diamantino Dias.
Imagens | Paulo Godinho | Anos 80
05 | 06 | 2013
Texto | Etelvina Almeida |Ana Maria Lopes
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2 comentários:
Obrigada por mais um capítulo! Belas imagens e bom texto!
Olá:
A Etelvina e eu agradecemos a gentileza. Vamos continuando. Esperamos levar a «safra» a bom termo.
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