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Também na Gafanha da Encarnação houve pintores populares de moliceiros, que lhes reformularam as pinturas sempre que necessário.
Também na Gafanha da Encarnação houve pintores populares de moliceiros, que lhes reformularam as pinturas sempre que necessário.
Foi o caso do Ti Adelino Graça, por alcunha o Ameixa, que fez, também, até ao Verão de 1988, a travessia de passageiros na barca da passagem, entre a Gafanha da Encarnação e a Costa Nova, colaborando durante alguns anos com Manuel Ameixa, seu irmão mais novo.
O Ti Adelino ao leme da barca da passage
Mas o Ti Adelino (1911-1990), como ele me confessou, nasceu num moliceiro, começou a gatinhar nas painas da proa e por lá foi vivendo com uma irmã até aos sete anos. Mais tarde, passou a ter barco próprio, até que se desfez do último em proveito do Museu de Marinha, de Lisboa, em 1979. Tinha sido construído em 1964 pelo Mestre Henrique Lavoura, nascido em 1930, em Pardilhó.
E lá está, albergado no Museu de Marinha, exposto ao público, no Pavilhão das Galeotas, não em grande estado de conservação. Exibe os painéis, de uma grande singeleza e ingenuidade, pintados pelo seu último proprietário, não sem um ou outro erro ortográfico e até o uso do grafema N, invertido. Os de estibordo:
Cta. NOVA – ADELINO GRAÇA (o AMEIXA)
NAO HABACALHAO
Merecia uma profunda amanhação, porque é uma embarcação com passado…
Fotografias de Arquivo
Ílhavo, 7 de Outubro de 2010
Ana Maria Lopes
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