sábado, 7 de dezembro de 2024

"Fafeiras - uma história de vida"

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Há dias, em conversa com amigos, veio à baila o livro “Fafeiras – Uma história de vida”.  Emprestaram-mo e passei a lê-lo. Há muito que ouvia dizer que muitas das mulheres das secas, na Gafanha da Nazaré, tinham vindo de Fafe, mas nunca tinha lido nada sobre o assunto. Chegou a hora.

Tive conhecimento deste livro, pela primeira vez, pelas palavras do Professor Fernando Martins, pelo muito que sabe sobre a Gafanha da Nazaré e, pelo muito que incentivou e ajudou os Autores, na feitura deste livro. Teve mesmo uma apresentação na Gafanha da Nazaré, no ano passado. Não sei como, mas tudo me passou ao lado.

Gostei de o ler, com todo o seu pormenor. Aconselho-o, portanto. Será uma interessante prenda de Natal.

É uma edição de autor, pela pena de Paulo Moreira e António José Novais, fafenses, com 338 páginas e bastantes ilustrações, não numeradas. Mentiria, se dissesse, que não conhecia a maioria delas, sobretudo, as marítimas.


Mulheres das secas
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Dele constam cerca de 140 interessantes depoimentos de fafeiras, com fotografia das mesmas.

Antes de mais, esta obra é um hino às Fafeiras, às mulheres de Fafe que, em tempos muito difíceis, extremamente preconceituosos, condicionados e condicionantes, tiveram a ousadia de, à procura de uma vida melhor, deixarem a sua terra e migrarem.

Ílhavo, 7 de Dezembro de 2024

Ana Maria Lopes

sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

Par de Esculturas Ilhavenses

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A Câmara Municipal de Ílhavo adquiriu, no Leilão Especial 200 anos da Vista Alegre, no dia 26 de Outubro de 2024, o par de esculturas ilhavenses produzidas na Fábrica de Porcelanas da Vista Alegre em 1944.

Esta aquisição revestiu-se de grande importância por se tratar de duas exímias esculturas – uma figura masculina e outra feminina – que retratam a indumentária dos ilhavenses em finais de Oitocentos, e também pelo facto de acrescentarem valor patrimonial à sub-colecção de cerâmica do Museu Marítimo de Ílhavo, considerada uma das mais importantes pela forma como foi incorporada ao longo dos oitenta e sete anos da vida do Museu.

Casal de ilhavenses

Esculturas de fino recorte, em porcelana moldada e relevada são decoradas com policromia diversa e com apontamentos a ouro e prata. Pintadas à mão, sem menção ao mestre pintor que as executou (a informação não se encontra mencionada no Verbete da Fábrica), ostentam na base a marca nº 31 (1924-1947) e podem ser inseridas na corrente miniaturista de representação da cultura popular portuguesa que, em meados do século XX, esteve tão em voga na porcelana portuguesa.

Estas belíssimas esculturas estão expostas ao público no átrio do museu (na vitrine junto à recepção), onde poderão ser apreciadas por todos aqueles que visitarem o Museu Marítimo de Ílhavo.

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Ílhavo, 6 de Dezembro de 2024

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Fonte – Agenda do Município de Ílhavo