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A
Ria de Aveiro está de luto…
Ontem,
a ria de Aveiro ficou mais pobre, com o desaparecimento de José Maria de
Oliveira Rendeiro. Carinhosamente tratado por Ti Zé Revesso, aos 83 anos
(2.1.1940 – 23.5.2023), deixou, para sempre, as águas da ria para subir para a
nuvem, de onde sempre avistará o seu moliceiro “A. Rendeiro”.
Murtoseiro
de gema, aí nasceu. Desde rapaz, dedicava-se à apanha do moliço, à lavoura e
também à pesca. A ria era o ar que respirava e, sem ela não podia viver.
Largou
a lavoura e a apanha do moliço em 1975, ano em que foi para o Canadá em busca
de uma vida melhor.
Depois
de voltar à terra natal, retomou a actividade de arrais e tornou-se um
dos resistentes que ajudou a salvar a embarcação tradicional da laguna, quando
correu o risco de extinção, tão escassos eram os exemplares a navegar.
Homem
bom, afável, dado, simpático, sempre trazia o seu barco, impecável, bem
pintado, num brilho.
Participante
assíduo em todas as regatas, fazia passeios em ria aberta e contava histórias
relativas à sua vida e à sua ria.
Também
cativou os fotógrafos, amantes da ria, que o retrataram com assiduidade. Para
memória futura, aqui deixo uma pequena mostra de imagens de fotógrafos amigos,
que o imortalizaram.-
Ílhavo, 24 de Maio de
2023
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Ana Maria Lopes
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