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Através
de conhecimento comum, tive acesso a uma fotografia do avô materno da colega
Maria Vitorina Matias Azevedo. Toca de trocar dados para chegar a uma curtinha
biografia.
Manuel
Fernandes Matias, filho de João Fernandes Matias e de Maria Emília Pereira, nasceu
em Ílhavo, na freguesia de São Salvador, em 3 de Agosto de 1890.
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Casou
com Felicidade dos Santos Matias, em 21 de Agosto de 1912, de cuja união
nasceram seis filhos: Rosa, Maria, falecida com 23 anos, Luís, falecido em
criança, num desalmado acidente em Matosinhos, Maria Natália Fernandes Matias,
João Fernandes Matias e Maria da Conceição Fernandes Matias. De quem mais me
lembro, ou não estivesse ligado ao mar, é de João Fernandes Matias, sobretudo
pela célebre viagem de Alan Villiers, no “Argus” na safra de 1950, onde ocupou
o lugar de imediato.
Voltando
a Manuel Fernandes Matias, era possuidor da cédula marítima nº 7785, passada
pela Capitania do porto de Aveiro, em 6 de Dezembro de 1915.
Desde
que há registos fidedignos, foi piloto dos lugres”Argus” (velho), em
1928, “Hortense”, em 1931, “Santa Mafalda”, em 1933, “Ilhavense 2º”, em 1934 e
35, “Infante”, em 1936, “Neptuno Segundo”,
nas safras de 1937 e 38.
Com três anos de interregno da pesca do bacalhau, durante a II Guerra Mundial, em que naufragou por duas vezes, voltou a pilotar o lugre-motor “Brites”, em 1942, para passar a imediato do navio-motor, “Bissaya Barreto”, na campanha de 1944.
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Abandonou,
então, a pesca do bacalhau para se dedicar à pesca no Cabo Branco.
Em
1958, era o sócio nº 7 do Grupo dos Amigos do
MVSEV MVNICIPAL DE ÍLHAVO.
Tendo deixado a sua carreira marítima, veio a “partir” numa viagem sem retorno, em 2 de Novembro de 1959, com 69 anos.
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Ílhavo,
15 de Maio de 2022
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Ana
Maria Lopes
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