Isto é só para lembrar… Para mim,
a Feira de Março, apesar da vetustez dos seus 579 anos, já foi, já era. Já deu o que tinha a dar.
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Quando vinha de férias da
Universidade, que agradável era ir até à Feira
de Março! Era mesmo obrigatório experimentar as sensações dos divertimentos
mais ousados, para a época – comboio-fantasma, cadeirinhas voadoras, poço da
morte –, ir ao Circo, flanar, pavonear as toilettes
já primaveris, almejar encontros agradáveis, flirtar, renovar as bijouterias,
etc., etc.….
O ambiente favorecia a diversão!
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Mas porquê no Marintimidades,
estas intimidades? Apesar dos meus verdes anos, os barcos moliceiros já não me eram indiferentes. E daí ficou a chapa que bati em 25 de Março de 1961. Não há dúvida que já atraíam as minhas
atenções. Eis a prova.
Inauguração da Feira
de Março – 1961
A ria, inspiradora e calma,
espelhava a paisagem!
Estava um bonito dia primaveril!
O Rossio é sempre o Rossio! Alimenta-se da água que bebe! Às vezes há umas
excepções…
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Além do mais, era hábito os barcos moliceiros estarem presentes, por
iniciativa dos arrais, movidos pela tradição,
em razoável número, no Canal Central,
para exibirem as suas elegantes formas e garridismo cromático. Com eles vinham,
também, alguns mercantéis, mais
pesadões, mas sempre pujantes senhores da Ria.
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Esta imagem deixa-me alguma
saudade. Apesar de continuar a apreciar a beleza do Canal Central, algo mudou e, se calhar, não foi para melhor.
Opiniões!...
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Com a Feira bem longe do Rossio, vamos
a ver o que acontece, este ano, com a Festa
da Ria, com os pouquíssimos moliceiros tradicionais que ainda restam.
Aguardemos, pois, não estamos em tempo de milagres…
Leia mais no DA de hoje.
Fotografia
– Arquivo pessoal da autora
Ílhavo, 22 de Março de 2013
Ana Maria Lopes
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