Talvez conduza os leitores amigos a concordarem com este título, à primeira vista delirante.
Em posts do mês de Fevereiro de 2009, dei-vos conta da predilecção que tinha pelas minhas colheres de sopa do Titanic e pelas «memórias» que as envolviam. Mito? Lenda? Realidade?
Tendo concluído que era uma história oral que «tinha pernas para andar», com um suporte real muito legítimo, lógico e credível, faltava-lhe uma autenticação por pessoa abalizada. Estará próxima, prometeram-me.
O que precipitou os factos? Coincidências ou destinos?
O Centenário em 2012 do fatídico naufrágio do luxuoso navio, com tudo de história, mito e lenda que em volta dele se gerou, aproxima-se.
E o Comandante, amigo e conterrâneo José Paulo Vieira da Silva capitaneou, no verão passado, um navio em que uma expedição da equipa RMS Titanic fez buscas ao local do naufrágio, com diversos e científicos fins.
No fundo do Oceano, presentemente
O Comandante deu a conhecer aos interessados a “estória” das colheres e, no regresso da viagem, viu e fotografou os talheres em causa, após entusiasmada conversa e troca de impressões.
Passou quase um ano e há pouco recebi um e-mail de Jérémie Marie, a perguntar-me se estaria interessada em contar a história, bem como em mostrar os «badalados» talheres, perante as câmaras, para um curto documentário francês acerca do Titanic, a rodar no ano do centenário.
Em princípio, concordei, vamos a ver se se realizará. A equipa de filmagens deslocar-se-á a Ílhavo para esse fim? !!!!! A ver vamos…
Neste último Agosto aparece também pela Costa Nova, trazido pelo Zé Paulo, outro especialista da RMS Titanic, interessado em conversar e ver as mesmas colheres – Christopher Davino, autor do Catálogo e Director Executivo da última exposição patente em Lisboa, no espaço Rossio (Julho 2009), Titanic The artifact exhibition.
Mas, como existem em Ílhavo? E há outras famílias que também possuem talheres, se bem que eu nunca os tivesse visto (a origem tinha sido a mesma).
Acharam a história encantadora e fascinante e perante a exequibilidade dos factos, prometeram que atestariam a autenticidade dos objectos.
Aguardemos…
Mas as coincidências não ficaram por aí…. Em banalidades de rua…, chegou-se aos talheres do Titanic e, imaginem, caso para dizer que santos de casa não fazem milagres.
(Cont.)
Imagens – Arquivo da autora do blog
Ílhavo, 27 de Setembro de 2011
Ana Maria Lopes
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