Esteja lá onde estiver, o Ti Tainha, mal ele imagina o que dele se tem falado na Costa-Nova e arredores…
Estou convencida que foi um post que sensilizou algumas pessoas, pelos rumores que me chegaram em e-mails e pelos comentários editados nos quatro capítulos da curta narrativa.
Também fui surpreendida pela publicação do artigo (I), no jornal “O Ilhavense”, pressupondo que os restantes se seguirão.
Agora, pela noite, fui agradavelmente surpreendida pelo post de SF, in Terra da Lâmpada.
O Autor, além de dar um relevo especial à qualidade da linguagem entabulada entre mim e o Ti Tainha, incita-me a que vá deitando cá para fora outros registos que, eventualmente, tenha feito pelas mesmas épocas. Vou fazendo os possíveis, pois trabalhos deste género sempre me estiveram na massa do sangue.
- Será que nunca fez jornalismo? - interpelou-me outra pessoa amiga, com formação jornalística.
- Tem muito jeito para estabelecer diálogos...Claro que, afinal, toda a sua vida, pelo que sei, fez entrevistas. Os seus trabalhos mostram isso mesmo...
Gaba-te cesta, que amanhã, vais para a vindima!...digo de mim para mim…. Influências da ria, que apesar de menos perto da minha casa que antigamente, ainda me alimenta a inspiração através do reflexo trémulo, oscilante e cintilante das luzes, que prolonga das Gafanhas, até à beirada da Costa-Nova.
Apetecia-me responder, que não, que não tive formação jornalística, mas que tive um iniciação e aperfeiçoamento, em pesquisas de campo, até à exaustão, sempre com objectivos etno-linguísticos, que me levaram, em casos específicos, à transcrição fonética dos diálogos em causa.
É um tipo de trabalho que me encaixa perfeitamente, me seduz, apaixona e me dá fôlego…
Sosseguem, pois, há mais algum material em stock, de há 25 anos. Assim vá tendo saúde, disposição e coragem de o voltar a trabalhar, de modo a divulgá-lo em blog… que para isso, não tinha nascido ele.
A técnica da apanha da tainha a partir da sombra que uma esteira reflecte na água, conhecia-a, mas não tido a ideia de falar, por ora, nela. Ainda bem que os gostos e os saberes, muitas vezes, se completam e se complementam. Todos lucramos.
Obrigada, pois, a todos os Amigos, pelas palavras de incentivo.
Costa-Nova, 27 de Agosto de 2009
Ana Maria Lopes