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O dia festivo para o navio-motor “Inácio Cunha”, o dia
25 de Abril de 1945, chegou. Há 77
anos. Tudo a postos para a grande cerimónia.
Como a maré para o bota-abaixo fosse só pelas 17 horas, a
empresa armadora decidira oferecer, entretanto, a cerca de 200 convidados, um
lauto e regional almoço, num salão dos seus armazéns.
Na presença de todos os membros do Governo, vindos de Lisboa, das individualidades civis e religiosas, locais, dos armadores e dos muitos convidados, tiveram lugar as cerimónias da praxe, nos estaleiros da Gafanha da Nazaré: discursos, agradecimentos, bênção do navio pelo Sr. D. João Evangelista de Lima Vidal, o baptismo com o quebrar da simbólica garrafa de espumoso contra a roda da proa da embarcação, pela madrinha, Sra. D. Adília Marques da Cunha, viúva do Sr. Inácio Cunha.
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A Sra. D. Adília Marques da Cunha
Miranda, que já amadrinhara, em 1945, como referimos, o navio-motor do mesmo nome, bisou, sendo
madrinha, a 22 de Novembro de 1969, da moderna unidade, arrastão de
arrasto pela popa, construído em aço,
nos Estaleiros de S. Jacinto, destinado à pesca longínqua – “INÁCIO CUNHA”.
Como era hábito, a bênção foi dada
pelo Pároco da Gafanha da Nazaré, Sr. Padre Domingos Rebelo dos Santos,
aspergindo-o e pedindo, para o navio e tripulação, os bons ofícios do divino.
– Que Deus o acompanhe!!! e o traga de volta com todos os seus tripulantes. De boa saúde e fartas pescas, terminaria o Padre Domingues a sua prédica.
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A Sra. D. Adília Marques da Cunha Miranda, cortou, então, a fita que arremessava a tradicional garrafa de espumante contra a imponente roda da proa da nova unidade, fazendo-a em bocados, esguichando champanhe por todos os lados. Era o sinal para deixar correr o navio para a água.
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Ílhavo, 30 de Março de 2022
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Ana
Maria Lopes
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