Capitão João Fernandes Mano
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Como
o mundo é pequeno e, às vezes, anda distraído…
Sempre
fui conhecida e amiga da Senhora D. Maria Júlia Mano, viúva de Cândido Teles.
Falava-me com frequência no feito heróico de seu Pai, contemporâneo de meu Avô,
na pesca do bacalhau, mas, muito francamente, nunca liguei o nome à pessoa.
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Agora,
que pretendia integrar em Homens do Mar,
para memória futura, o grande arrojo do capitão e tripulação do lugre Gamo, qual não é o meu espanto, quando
ao procurar a ficha de inscrição no GANPB de João Fernandes Mano, de alcunha Agualusa, nascido em Ílhavo, (1884-1965), li que tivera como
filhos, João de Oliveira Mano, Júlio de Oliveira Mano (já falecidos) e Maria
Júlia O. Mano, a tal minha amiga, contemporânea de minha Mãe, ambas com a
vetusta idade de 91 anos.
E vamos ao Gamo. Há mais do que um relato. Assim sendo, resolvi ler ambos, e usar, respigado, o que estará mais à mão, o do jornalista Costa Júnior, in Ao Serviço da Pátria – A Marinha Mercante Portuguesa na Iª Grande Guerra, edição da Editora Marítimo-Colonial, Lda. Lisboa, 1944.
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Se a pesca do bacalhau já era, de si, tão dura, como todos sabemos, o ano de 1918 ainda conseguiu ser pior, pois, a ele acresceram os horrores e contrariedades da guerra submarina.
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E relata Costa Júnior:-
(…) Eram 39 homens que
constituíam a equipagem do lugre português Gamo,
que naquele dia 22 do mês de Agosto de 1918,
se preparava par iniciar a viagem de regresso ao Tejo. O navio encontrava-se,
fundeado entre os baixios Sunder e Nain Fathons, carregado com cerca de seis
mil quintais de bacalhau salgado.
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A
ordem do Capitão de suspender a âncora teve de ficar adiada para o dia
seguinte. A viagem, tão mal iniciada, parecia agora fazer-se, sem
contrariedades e com vento de feição. Eis quando: (…)
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No
dia 31 de Agosto, navegando o lugre
na latitude 46º 02’ N e longitude 32º 32’ W, o vigia assinalou pela amura de
bombordo, eram 16 horas, uma embarcação de velas içadas, mas sem jeito de ser
navio de vela, pois as tinha sem regra e mal colocadas. O capitão João Fernandes Agualusa pegou no
binóculo para melhor ver o estranho barco que se aproximava, e mal o fizera,
viu a explosão de um tiro, no mesmo instante em que uma granada assobiando a
sua música macabra, passava entre o mastro da mezena e o mastro grande, rente à
borda do navio, indo o projéctil cair a cerca de 100 metros de distância.
A
tripulação do Gamo não tinha dúvidas
quanto ao tipo de visitante – um submarino alemão camuflado.
Imediatamente,
o capitão, sem perder a serenidade, mas sem forças para lutar, rendeu-se à
evidência, enquanto um oficial alemão o informou que apenas tinham dez minutos
para abandonar o navio, que ia ser afundado, sem dó nem piedade.
(…)
Treze dóris (…) foram preparados e lançados à água, cada um deles tripulado com três homens, e sendo cheios 14 barris de 50 litros de água – dois dos quais ficaram no dóri do capitão. Era um espectáculo digno de ver-se, o submarino pairando nas calmas águas e atracados a ele os treze dóris. Depois do interrogatório costumado, os dóris largaram do submarino enquanto deste, a tiros de canhão, afundavam o Gamo. Ao longe, era avistado um penacho de fumo. O submersível apressou-se a mergulhar, e desapareceu.
Até 1 de Setembro, pela manhã, nada de extraordinário aconteceu, rumando as cascas de noz em direcção a sul, com mar chão.
Eis que rebentou uma forte trovoada, acompanhada de vagas alterosas, que impediu a navegação aos pequenos barcos.
(…)
Treze dóris (…) foram preparados e lançados à água, cada um deles tripulado com três homens, e sendo cheios 14 barris de 50 litros de água – dois dos quais ficaram no dóri do capitão. Era um espectáculo digno de ver-se, o submarino pairando nas calmas águas e atracados a ele os treze dóris. Depois do interrogatório costumado, os dóris largaram do submarino enquanto deste, a tiros de canhão, afundavam o Gamo. Ao longe, era avistado um penacho de fumo. O submersível apressou-se a mergulhar, e desapareceu.
Até 1 de Setembro, pela manhã, nada de extraordinário aconteceu, rumando as cascas de noz em direcção a sul, com mar chão.
Eis que rebentou uma forte trovoada, acompanhada de vagas alterosas, que impediu a navegação aos pequenos barcos.
(…)
Mas
o que até aqui estivera mal, às 17 horas tornou-se muito pior. Um forte
escarcéu de mar rebentou, levantando os dóris a pino, e voltando quatro deles;
os restantes nove ficaram rasos de água, que só a custo, e com muito trabalho e
sacrifício, pôde ser esgotada. Dois homens agarraram-se ao barco do capitão e
foram salvos e outros igualmente por outras embarcações, salvando-se nove
homens dos doze que tripulavam os quatro dóris que se perderam. Nesse instante,
não mais do que um segundo, todos os barcos perderam a aguada e mantimentos, e
três homens perderam a vida.
Tendo
avistado a 2 de Setembro os faróis de um vapor, fizeram-lhe pedido de socorro,
que não foi atendido. Um dóri, tentando correr sobre o vapor, acabou por se
voltar, perdendo-se 2 dos 3 marinheiros que o tripulavam. E cinco vidas já estavam perdidas, em condições tão agrestes e
impiedosas.
Mais
uma vez, o capitão, corajosamente, aproveitou para fazer ver aos seus homens
que nenhuma embarcação se afastasse.
Não
havia que comer, e por única bebida para todos os homens, um barril com cerca
de 40 litros de água. Era preciso sair daquela situação – navegando.
O
tempo melhorara, embora pouco, e foi resolvido correr com a vaga, ao sabor da
forte ondulação. Assim, entre a vida e a morte, correram os náufragos do Gamo setenta milhas para sul.
No
dia seguinte, a vaga era menor, os barcos corriam com as gibas içadas, mas
cerca das 23 horas uma onda mais alterosa fez entrar um dóri dentro de outro,
afundando-o. A muito custo, os seus tripulantes foram salvos pelas (…)
restantes embarcações.
Nos dias 4 e 5
conseguiram os bravos tripulantes do Gamo navegar à vela. No último dia
acabara-se a água, e a comida era coisa que não provavam, havia já muitos dias.
Nos dóris reinava a fome e a sede.
(…)
Entrara o desânimo.
Aqui e além avizinhavam-se prenúncios de revolta entre os náufragos, sem forças
para suportar o peso enorme da sua tragédia. O capitão resolve então intervir e
… mentir.
Mentir?
Sim, mentir, piedosamente – dizer à tripulação que não estariam mais do que a 36
milhas da ilha do Faial, o que o piloto, João Maria da Madalena, corroborou.
A mentira surtira o
efeito desejado, mas o pior seria no dia seguinte, pois em boa verdade a ilha
do Faial estava afastada ainda, pelo menos 80 milhas. Que nova mentira seria
possível inventar?
Entretanto,
o tempo não pactuara com a mentira e tornara-se agreste e enevoado. Não se
vendo o horizonte, os homens, desalentados, começaram a desconfiar do apelo do
capitão, que, entretanto, fora interpelado.
(…)
– «Terra à vista! Terra à vista!
Estamos salvos!» – gritavam todos a um tempo, ao avistarem as ilhas Graciosa,
Faial e Pico, tão claras que pareciam pintadas num quadro.
Mas, depois de ligeiros momentos de alegria, reviravolta nas emoções. Um calor intenso e as gargantas secas que nem fogo estaladiço! Eis que capturaram uma tartaruga, o que, por vezes, acontecia. Rapidamente degolada, largou o sangue para um sueste, aparado por um pescador. Tendo-o bebido de um trago, caiu inanimado. Só água salgada pela cabeça lhe revitalizou os sentidos.
(…)
Mas, depois de ligeiros momentos de alegria, reviravolta nas emoções. Um calor intenso e as gargantas secas que nem fogo estaladiço! Eis que capturaram uma tartaruga, o que, por vezes, acontecia. Rapidamente degolada, largou o sangue para um sueste, aparado por um pescador. Tendo-o bebido de um trago, caiu inanimado. Só água salgada pela cabeça lhe revitalizou os sentidos.
(…)
O dia estava
escaldante, o vento entrara em calmaria e ninguém tinha forças para remar. Os
dóris, a remos ou à vela, avançavam a passo de formiga, impulsionados por
aquelas vontades de gigantes, e às 2 horas, após titânicos, o barco do capitão
conseguiu dobrar a ponta dos Capelinhos, acompanhado por mais três. Nos
restantes, os tripulantes completamente exaustos, não tinham forças para remar,
certos que morriam à vista de terra sem a poder alcançar.
O capitão procurava
inutilmente um lugar para desembarcar. Lá avistaram os náufragos o farol de um
barco fundeado, e para ali se dirigiram todos. Era a canoa dum tripulante com o
seu proprietário a bordo, e antes mesmo de lhe pedirem qualquer indicação ou
auxílio, os pobres náufragos só puderam pronunciar uma palavra: Água! … Água!
(…)
Tendo-os
o proprietário refrescado imediatamente, conduziu-os a casa, perto de um
pequeno porto. A família do honrado pescador açoriano ajudou os náufragos do Gamo a sair, conduzindo-os a um poço,
onde beberam até fartar.
(…)
Era uma hora da
madrugada quando o capitão João Agualusa, amparado pelo caritativo pescador,
foi até à da cidade da Horta onde vivia a autoridade marítima, participar-lhe o
ocorrido e pedir-lhe auxílio para o salvamento dos barcos que se encontravam ao
largo – sem que os seus tripulantes tivessem forças para se aproximar. Uma hora
depois, saía da doca uma lancha a motor, em serviço na Capitania do Porto,
fazendo rumo à ponta dos Capelinhos. Foi encontrado um dóri, que seguia
rebocado por um barco de pesca que o socorrera, e mesmo sem acostar, o Patrão
Mor atirou-lhes alguns pães e um garrafão de água; a viagem prosseguiu para
rodear a ilha, e às cinco horas outro dóri foi encontrado, também já a reboque
dum pesqueiro.
Continuou a busca dos
restantes náufragos que durou toda a madrugada e toda a manhã, sem maior
resultado, cruzando o mar em todas as direcções.
(…)
Em
momento de tristeza, todos imaginavam os seus camaradas perdidos para sempre.
Mas, entretanto ao passar a lancha junto ao porto de Castelo Branco, um homem
gesticulava com desespero e ansiedade. Aproximaram-se e ouviram:
– Os náufragos que faltam já estão
todos em terra. O dóri do senhor piloto (João Maria da Madalena)
arribou na costa norte, na praia do Almoxarife, e foi um automóvel buscá-los…
Satisfeitos com a
notícia, os passageiros da lancha da capitania continuaram em direcção à doca,
onde chegaram perto das 16 horas. No cais o bravo capitão João Fernandes Mano Agualusa era aguardado pelas autoridades e
muito povo, cada um à porfia querendo saudar e homenagear o heróico comandante
do Gamo que, comovido e
envergonhado, não sabendo o que tinha feito para merecer aquele acolhimento
carinhoso, chorava, as lágrimas caindo-lhe em grossas bagas pela cara abaixo.
Quem, no momento de perigo defendera a vida de todos, e se portara como um
valente; quem praticara feitos dignos dos velhos marinheiros portugueses que
esmaltam de glória páginas antigas da história, chorava de comoção,
envergonhado desse momento final de fraqueza. Disse depois: parecia-lhe que chorava
de alegria por ver os seus homens salvos …
Passados dois dias foi
encontrado o oitavo dóri pela lancha baleeira Amaral, que o trouxe a reboque para a doca do porto da Horta.
Salvaram-se 34 dos 39 náufragos que tripulavam o bacalhoeiro Gamo, tendo aportado ao Faial em 8
pequenos dóris, navegando esses botes, quase sempre sem comer nem beber, 470
milhas à vela, a remo e a correr com as vagas.
E
assim Costa Júnior acabou o relato,
que burilei, provavelmente baseado, na narrativa escrita na primeira pessoa,
por Capitão e Piloto do Gamo, a
bordo do lugre Sílvia, aos quatro
dias do mês de Julho de 1924.
Era este o feito heróico, a que a filha do capitão sempre se referia, mas eu, nessa altura, desconhecia-o.
E já agora, que lugre Gamo seria este?
O lugre-patacho Gamo foi construído em Inglaterra, no estaleiro de Ed. Tayport, tendo sido dado por concluído durante o mês de Março de 1874. Foi inicialmente baptizado com o nome Reindeer, propriedade de W. Thomson, que teve o navio matriculado na praça de Dundee.
Colocado à venda em 1885, foi comprado pela firma Bensaúde & Cª., por 3.150 000 (três milhões, cento e cinquenta mil réis) e registado nos Açores.
Em 1891, com a transferência da empresa Bensaúde & Cª. para Lisboa, o navio passou desde então a navegar registado em Lisboa, mas, à época, sob propriedade da recém-formada Parceria Geral de Pescarias.
No registo de 1899 o navio já se apresentava armado em lugre. Todavia, a informação parece incorrecta, com base na foto, abaixo, da Ilustração Portuguesa, de 1907, onde o navio foi retratado com aparelho de lugre-patacho. No entanto, é possível que o navio tenha, de facto, sido armado em lugre, muito provavelmente durante o período entre 1911 e 1913.
-Era este o feito heróico, a que a filha do capitão sempre se referia, mas eu, nessa altura, desconhecia-o.
E já agora, que lugre Gamo seria este?
O lugre-patacho Gamo foi construído em Inglaterra, no estaleiro de Ed. Tayport, tendo sido dado por concluído durante o mês de Março de 1874. Foi inicialmente baptizado com o nome Reindeer, propriedade de W. Thomson, que teve o navio matriculado na praça de Dundee.
Colocado à venda em 1885, foi comprado pela firma Bensaúde & Cª., por 3.150 000 (três milhões, cento e cinquenta mil réis) e registado nos Açores.
Em 1891, com a transferência da empresa Bensaúde & Cª. para Lisboa, o navio passou desde então a navegar registado em Lisboa, mas, à época, sob propriedade da recém-formada Parceria Geral de Pescarias.
No registo de 1899 o navio já se apresentava armado em lugre. Todavia, a informação parece incorrecta, com base na foto, abaixo, da Ilustração Portuguesa, de 1907, onde o navio foi retratado com aparelho de lugre-patacho. No entanto, é possível que o navio tenha, de facto, sido armado em lugre, muito provavelmente durante o período entre 1911 e 1913.
O Gamo – Ilustração portuguesa de 1907
Uma informação complementar relativa a 1902, permite constatar estar a navegar equipado de 42 tripulantes, com 32 canoas, passando alguns anos depois a dispor de uma equipagem à volta dos 35 tripulantes, com o mesmo número de canoas. A partir da lista de navios de 1909, já é possível verificar que o navio mantém valores, esses, confirmados pela lista de 1914. Nesta lista, o Gamo apresenta 38,90 metros de comprimento, 7,10 metros de boca e 4,04 metros de pontal.
Mas muito mais terá unido estes dois capitães, o meu avô Pisco e João F. Mano (Agualusa).
No jornal da terra, pescámos que o nosso capitão comandara o lugre Laura, que, mais tarde, viria a ser o Cruz de Malta, entre 1921 e 1925. Nos mesmos anos, comandava o Avô Pisco, o lugre Silvina, bem bonito, ali, em foto de época de Henrique Ramos, a exibir o pano a secar, ambos pertencentes à Empresa de Navegação e Exploração de Pesca, Lda., da praça de Aveiro.
Mas muito mais terá unido estes dois capitães, o meu avô Pisco e João F. Mano (Agualusa).
No jornal da terra, pescámos que o nosso capitão comandara o lugre Laura, que, mais tarde, viria a ser o Cruz de Malta, entre 1921 e 1925. Nos mesmos anos, comandava o Avô Pisco, o lugre Silvina, bem bonito, ali, em foto de época de Henrique Ramos, a exibir o pano a secar, ambos pertencentes à Empresa de Navegação e Exploração de Pesca, Lda., da praça de Aveiro.
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Ao fundo, supõe-se ser o lugre Laura
No mesmo decénio de 20, dá-o como capitão do lugre Sílvia, em 1928 e 29, também da praça de Aveiro.
Ao consultar a sua ficha do GANPB, que considero credível, esta atribui-lhe uma viagem como capitão no lugre Pescador da praça da Figueira da Foz, na campanha de 1937, de piloto no lugre Ilhavense II, sob o comando de Manuel Santos Marnoto Praia, na safra de 1941 e de capitão no lugre Florentina, pertencente à praça de Lisboa, nas campanhas de 1938 e 1942, o que não confere com o Ilhavense, jornal.
Admitamos que sim.
-Ao consultar a sua ficha do GANPB, que considero credível, esta atribui-lhe uma viagem como capitão no lugre Pescador da praça da Figueira da Foz, na campanha de 1937, de piloto no lugre Ilhavense II, sob o comando de Manuel Santos Marnoto Praia, na safra de 1941 e de capitão no lugre Florentina, pertencente à praça de Lisboa, nas campanhas de 1938 e 1942, o que não confere com o Ilhavense, jornal.
Admitamos que sim.
O lugre Florentina
Em referência que lhe foi feita, aquando do seu falecimento, consideraram-no um nauta destemido, tendo comandado vários navios, dentre eles a barca Foz do Douro. Comandou, exactamente, a célebre viagem, que teve como célebre passageiro, o almirante Gago Coutinho, com partida de Santos e chegada a Leixões em 31.3.1944. Utilizando o velho astrolábio dos navegadores do século XV, Gago Coutinho fazia todos os dias as medições astronómicas ao lado dos pilotos do navio, que se serviam dos modernos aparelhos, como o sextante e o cronómetro, tentando imaginar como teria sido a viagem ao Brasil, de Pedro Álvares Cabral.
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Fotos
– Arquivo pessoal e cedência da filha do Capitão
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Costa
Nova, 19 de Setembro de 2016
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Ana Maria Lopes
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Já não é a primeira vez que converso com a Ana, dando-lhe a minha opinião sobre este tipo de artigos. Sempre lhe disse que com algum trabalho poderia ir mais longe. E hoje foi. Foi exactamente ao encontro do que insistentemente Lhe tenho apontado. E a história ganhava outra força.
ResponderEliminarGostei....Talvez Ela hoje perceba melhor o que lhe fui sugerindo.
Ana Maria:
ResponderEliminarobrigado por nos dar mais uma página que (continuo com a mesma opinião) fará parte do seu próximo livro.
Nunca me canso de ler estes artigos que a Dra Ana Maria aqui escreve ,pois como homem do mar presto homenagem aos homens que na altura muito dignamente com o Sr Capitão sempre no comando ,enfrentaram a dura realidade de com uns simples dóris navegaram dias e noites enfrentando maus tempos e ,melhor tempos ,assim conseguiram chegar a Porto seguro com Deus a guia-los ,fiquei deveras comovido ao ler mais uma história real ,como outras que aconteceram infelizmente e, que muitas vidas se perderam então ,vida dura a desses homens sei daquilo que falo ,outros tempos, que o tempo não apaga !!!
ResponderEliminarNuma célebre palestra proferida na Sociedade de Geografia de Lisboa, Gago Coutinho referiu-se ao Capitão João Fernandes Agualusa a propósito da sua viagem na FOZ DO DOURO em 1943 /44 : «O navio era comandado por um autêntico lobo do mar, o senhor João Fernandes Agualusa...»
ResponderEliminarMuito interessante o seu apontamento.