Anteontem,
sábado, por ocasião da comemoração do 495º aniversário da outorga do Foral à
vila de Antuã, por D. Manuel, em 15 de Novembro de 1519, foi apresentado o
número oito da revista Terras de Antuã – Histórias e Memórias do
Concelho de Estarreja, mais uma vez com uma assistência numerosa, no
belíssimo Salão Nobre dos Paços do Concelho, numa sessão presidida pelo
Presidente da Câmara Municipal de Estarreja, Diamantino Sabina.
Convite
Este
oitavo volume é constituído por 14 artigos de dezasseis autores, cujas
temáticas vão desde a arqueologia, passando pela arte popular, arte sacra,
biografia, conflitos sociais, documentação, construção naval, emigração, entre
outras.
Para
nós foi gratificante participarmos com o artigo sobre o convívio que fomos
tendo desde 1994, com o prestigiado Mestre António Esteves, de Pardilhó, construtor
de machado e enxó, ainda em laboração. O artigo parte do Homem para a obra,
obra essa que é evidente na Sala da Ria do Museu Marítimo de Ílhavo e que
culminou com a construção da ancestral bateira
ílhava. Memórias recentes que, depressa, se tornarão longínquas.
Alguns
dos autores participantes na Revista
Desta
vez, a capa da Terras de Antuã e o convite apresentam a casa Arte Nova, de
Francisco Maria Simões, no Largo da Igreja de Salreu, cujo arquitecto foi
Francisco Augusto da Silva Rocha (1864-1957).
Foi,
pois, um prazer de colaborar com a revista, sabiamente dirigida, em estreia,
pela Dra. Rosa Maria Rodrigues, ilustre Conservadora da Casa-Museu Egas Moniz.
Fez
140 anos que nasceu Egas Moniz (1874-2014) e todo o ambiente que se respirava na
CME era dedicado ao nosso Prémio Nobel de Medicina, em Outubro de 1949, pelo
qual nutrimos um carinho muito especial.
Depois
de termos visitado, na Casa da Cultura de Estarreja, uma exposição de pintura
«Memórias Resgatadas» de Gina Marrinhas, regressámos com o espírito mais leve,
mais arejado e com novos projectos em mente. Talvez venham a ter realização.
Quem sabe!... É preciso, sobretudo, sonhar…para, mais tarde, executar.
À
noite, folheámos a revista, debruçando-nos sobre alguns dos artigos que mais
nos interessaram – As descobertas de Egas
Moniz e o seu contexto histórico, da autoria de seus sobrinhos netos e Francisco Augusto da Silva Rocha e a casa de
Francisco Maria Simões – Um novo padrão de beleza, pela pena de Maria João
Fernandes, crítica de arte e bisneta do arquitecto Silva Rocha.
Ainda
está por reconhecer o justo mérito ao Arquitecto, em Aveiro, cuja casa da
Família Pessoa, no Rossio, hoje, Museu de Arte Nova, de seu projecto,
recebeu o seu nome.
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Ílhavo, 17 de Novembro
de 2014
Ana
Maria Lopes
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