domingo, 15 de dezembro de 2013

Ainda a propósito do MARESIAS...

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Troca de impressões (por e-mail) entre o Autor e AML, há 3 anos...


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AML – … Uma realidade para a qual eu acho que teria algum jeito (se é que tive), quando estivesse desempregada, era ajudar-te a seleccionar poesias tuas, para publicação, fazer-lhe a análise e  aquele arranjo final gráfico de que muitas vezes carecem. Pois, se não mais as lês,… fica por fazer. Não era modificá-las sem autorização, claro.
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AML – Dou-te um palpite – a solidariedade também tinha de entrar, … a liberdade, a meninice, etc., outros temas. Mas aquilo de que gosto mesmo é das poesias  com a fluidez da água, com a ria, com o luar, com o mar, com a areia, gaivotas, gaivinas e outros bandos. Onde és melhor que tudo, para mim, é no amor (jogos amorosos), um hino à beleza da Mulher (só és bom, em poesia, nota!). Tem muito sumo, mesmo que não seja para ninguém beber.
11. 12. 2010
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SF Não compreendo ainda bem, quando e porquê, me sai isto. Tenho muito pouco feitio de poeta. E por o reconhecer …não sei se valerá a pena. Olha entretém-te, se Te apetecer. Gostaria de ver.
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SF O que eu disse é que tudo tem o seu tempo. E que não me sinto capaz de me apresentar como um poeta.
13.12.2010
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SF Achas que  têm tiques de poeta? Coitado de mim. Que nem tenho a quem oferecer isto (Natal 2010 – À Ria).
15.12.2010
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AML – O Teu grande amor é a Ria.
Tudo emerge da Ria e tudo submerge nela.
A Ria está no Amor, na Amizade, na Saudade, na Liberdade, na Vida, na Angústia, na Tua Terra, na Natividade, será...? Até a falta dela se sente no «Outoniço» que és, quando regressas da Costa Nova.
18. 12. 2010
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AML Às vezes, parece que te entendo melhor em verso do que em prosa.
Ontem, dizia-te que a Ria era dominante em toda a tua poesia. Toda, toda não direi, mas é um tema  muito forte.
Encaixar a tua produção nos doze temas seleccionados, para facilidade de consulta (não esquecendo a ordem cronológica), nem sempre é fácil. Ou, por outra, é mesmo bastante difícil. Se um poema foca o tema vida, também toca na angústia, na liberdade, na saudade, no amor...Isto é um exemplo.
Escolher o sentimento dominante, oh, oh!, quantas leituras cuidadas e remoídas!
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Acho, não sei se consigo minimamente explicar, que o conjunto dos teus versos poderia ser representado por um conjunto de círculos concêntricos de diferentes dimensões, em que um maior fosse o dominante, o Amor (uma espécie de um diagrama) …
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Outros, os restantes, de dimensões menores e diferentes, interpenetravam, interceptavam o central e, daí nasciam áreas comuns, em que os mesmos temas estariam presentes.
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Por e-mail não dá… Percebeste alguma coisa?
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Apesar de não ter grande jeito para desenho, com um lápis ou um compasso, representava-te muito mais depressa esta ideia. Seria uma espécie de representação gráfica.
Não sei se concordas minimamente com o que te venho dizendo.
Sinto que não andarei muito longe disto.
Se chegar a indexá-los, escrevê-los e imprimi-los, em versão caseira, para teres na mão, de consulta fácil, talvez consigas ver  melhor.
Ou então, já sabes mesmo que é assim. Ou então até achas, e só para contrariar, dizes que não é nada disto.
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Dás-te muito mais a conhecer em verso do que em conversa, claro, para quem julgue conhecer-te um bocadinho. Mas, por isso, não deixes de versejar…
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É uma expressão muito nobre, quando se sabe ser. Não é a parente mais pobre da literatura.
 
19.12. 2010
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SF Mas (poesia) andas lá …é quase isso. Mais um pouco de solidão …e angústia por ter ficado aquém.
- Anda, pensa….
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AML - É assim… não tive Curriculum Vitae para apresentar o MARESIAS, nem queria fazê-lo, mas o que é certo (e que degustei), é que o dei a lume, depois do autor, claro.
Et voilà o que ia pensando… há 3 anos (em Dezembro de 2010, como as datas comprovam).
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Ílhavo, 15. 12. 2013
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AML
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PS – Ontem, sem contar, fui apanhada numa «ratoeira», ao ser-me pedido que lesse este texto com o Autor, na Livraria Bertrand, no Fórum, numa segunda apresentação do Maresias.
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6 comentários:

  1. Adorei e fiquei ainda com mais pena de não ter podido ir assistir ao lançamento na Bertrand!

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  2. Estes excertos de conversa que bem demonstram como fui renitente á publicação dos poemas, de que o grupo poético, dando-os a conhecer, foi talvez o maior culpado, tiveram como soe dizer-se um final feliz. Obrigado a todos, e neste caso à AML,colega de outras fainas.




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  3. Pois eu, foi ontem que estive na Bertrand para assistir à 2.ª apresentação do livro MARESIAS de Senos da Fonseca, e também adorei. Gostei muito de ouvir ler a Dra. Ana Maria Lopes, a prévia troca de e-mails existente entre si e o escritor, à volta de sua realização! Lembrou-me as cartas de Fernando Pessoa (e de outros célebres escritores portugueses) entre os seus
    amigos, trocando impressões sobre o que escreviam! Gostei também do modo sempre autêntico, genuíno, de SENOS DA FONSECA,referenciando os encantamentos e inquietações que a Vida lhe tem ocasionado! Enfim, um belo e interessante serão, e pleno de agradabelíssimo convívio!!!!

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  4. Boa noite:
    Ainda bem que gostou, Sílvia, e se sentiu bem nesta pequena «tertúlia de poesia e amizade», praticamente improvisada, depois de muito estudada. Obrigada.
    Ri-me, estes laivos de poesia parecem que contagiam. Pelo menos, já rimo, mas não chega...

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  5. Pois, Sra. Dra, escrever tem muito que se lhe diga!... Prosa ou verso!... Enfim, nesta altura da minha vida, tento distraír-me, e sendo esta a maneira que mais me apraz, brinco, - quantas vezes dizendo o que me vai na alma - escrevinhando, garatujando!...

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