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Hoje,
sábado, dia 7, o PARDILHOENSE repete a dose e
traz outro grupo de romeiros às festividades do S. Paio – é a regata dos
moliceiros. Quantos estarão presentes?
À
chegada, a maré não nos possibilita a atracação no Cais do Guedes e vemo-nos
obrigados a amarrar na cais dos pescadores, de «braço dado» com O MARNOTO. Um pouco mais
atrasado, chegou O
INOBADOR.
O
SÃO SALVADOR, da
Junta de Freguesia de Ílhavo, já lá residia
há uns dias para ser aparelhado com
tempo. O arrais seria murtoseiro de gema – o Marco Silva.
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Barcos
moliceiros de tamanho vernáculo,
apenas se apresentaram dez, mais algumas amostras, com as quais embirro e que
só atrapalham na fotografia. A regata dos moliceiros,
ainda sublime, tem vindo a perder o brilho, pela diminuição consecutiva de
embarcações presentes. Fica a interrogação – até quando teremos moliceiros na
ria?
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Cansada
de ontem, hoje, não deixarei mais que um relato dos acidentes e incidentes e
registo das classificações para memória futura…
A
moldura humana não tinha o mesmo fervor da véspera. Eu também apenas segui a
corrida, da margem, que não é, de modo algum, tão emocionante!
Dada
a partida, ei-los que largam tal cisnes brancos de asas iluminadas ao vento,
tirando partido da posição na saída, da sabedoria e sorte dos arrais e da
superfície dos panos, que a meu ver,
deveria estar regulamentada.
Fugindo
àquela imagem mais habitual de moliceiros
certinhos, quase em posições paralelas, de velas incandescentes, em diagonal,
focarei outros aspectos.
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Uma «molhada» de moliceiros
Os
primeiros quatro…, cinco…, foram-se destacando, parecendo querer definir
posições. Eis senão quando, de repente, avisto uma embarcação das que iam
destacadas a querer tombar, ai!, ai!, ai!, e já está!... que emoção!...
completamente adornada, fazendo da ria o seu leito.
Fotografias
de pessoa amiga, ajudam-me posteriormente a ter uma perspectiva mais próxima do
sucedido, em sequência.
Qual
foi? Qual foi? Ainda por cima, ia em terceiro lugar… Ninguém sabia…Havia alguns
moliceiros com costados da mesma cor.
Só no final, a nossa curiosidade foi satisfeita – tinha sido o MANUEL SILVA.
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MANUEL SILVA - 1.
MANUEL SILVA - 2.
MANUEL SILVA – 3.
Imaginamos
que terá sido dramático para a tripulação, que, fisicamente, nada sofreu. Houve
alguma dificuldade no processo de remoção, tendo a embarcação sofrido alguns
danos – constava.
Bem,
não fora o PARDILHOENSE, constatámos,
por exclusão de partes, caso contrário, teríamos de fazer uma maratona a nado, até
ao Oudinot, vá lá, com água e vento a favor.
Também
houve algumas desistências, mas a brisa, que até ia «caindo» não justificou
mesmo estes desaires. Acontecem ao mais «pintado».
Classificação:
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1º
- SÃO SALVADOR – Arrais Marco
Silva
2º
- ZÉ RITO
– Arrais Zé Rito
3º
- A. RENDEIRO
– Arrais Zé Rebeço
4º
- CÂMARA MUNICIPAL DA MURTOSA – Arrais José Caneira
5º
- INOBADOR
– Arrais Pedro Paião
O Ti Zé Rebeço em prova
De
regresso, ultrapassámos O
MARNOTO,
na sua imagem fascinante. Não foi propriamente premiado, mas teve uma presença
brilhante e digna, como a imagem denota, no seu porte elegante.
Porte elegante…
E
mais um dia bem passado na ria, em são convívio, ambiente único, natural, sadio
e festivo.
Grande
gente, a gente da ria, «mai-las» suas embarcações, as que vão restando.
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Imagens
da autora do blogue. As do MANUEL SILVA, gentilmente cedidas por Mariano Zé
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Algures
na ria, 7 de Setembro de 2013
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Ana Maria Lopes
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Belo relato dos acontecimentos! Obrigada Ana Maria!
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