terça-feira, 1 de dezembro de 2009

À laia de apontamento...o São Jorge


À laia de surpresa de Natal, tinha na caixa do correio, uma foto, oferecida por pessoa Amiga, apaixonada por navios, a quem o São Jorge muito diz.
Sabendo que, para mim, o navio em causa também tem um significado forte, por isso, ma enviou.

O São Jorge fundeado em Lisboa


É sempre agradável receber a fotografia de um afilhado, de há longa data, que rasgou as águas da ria, a 10 de Março de 1956, construído na Gafanha da Nazaré pelo Mestre Manuel Maria Mónica, para Testa & Cunhas, Lda.
Trata-se de uma fotografia curiosa, meia perdida pelas bancas de um alfarrabista de Lisboa, do navio fundeado com os dois ferros de escacha (boa manobra para as amarras não se enrolarem uma na outra, com o virar da maré) em Lisboa, completamente carregado de sal, à chegada de Setúbal.
Esta fotografia deve ser de 1963, ou anterior, porque o navio só tem uma antena de radar "DECCA", do lado de bombordo, já que, em 1964, salvo o erro, foi-lhe instalado mais um radar italiano com a antena do lado de estibordo, marca "TERMA".
O São Jorge foi vendido à Empresa de Pesca Manuel das Neves, Lda., para a campanha de 1972.
Naufragou, de regresso dos Bancos, por incêndio e explosão, a 22 de Julho de 1974, tendo sido a tripulação salva pelo “gémeo” Novos Mares, comandado pelo Sr. Capitão António de Morais Pascoal.
Agradeço a gentileza, e, à laia de apontamento… publico o post.

Ílhavo, 1 de Dezembro de 2009

Ana Maria Lopes

2 comentários:

  1. Lindo, lindo, lindo,.....
    Parabens por nos mostrar esta fotografia e nos contar o fim trágico do tão belo navio.
    Anónimo devidamente identificado pela autora do MARINTIMIDADES.

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  2. Bom dia.

    Mais uma vez revemos este navio sobre o qual já muito nos contou antes. Esta foto é das melhores que já vi nesta classe de navios, tal como o "Novos Mares" onde andou o meu pai. É das melhores porque mostra o navio perfeitamente em perfil longitudinal, o que me ajudará um dia na elaboração do modelo do "Novos Mares", à falta de planos destes navios.

    Mais uma vez se agradece à Drª estas publicações tão raras.

    Atentamente,
    www.caxinas-a-freguesia.blogs.sapo.pt

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