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O “Ilhavense”, de 11 de Janeiro de
1945, referencia: Em
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Chegou, então, o dia festivo para o navio-motor Inácio Cunha, o dia 25 de Abril de 1945. Há 79 anos. Tudo a postos para a grande cerimónia.
Como a maré para o bota-abaixo fosse só pelas 17 horas, a
empresa armadora decidira oferecer, entretanto, a cerca de 200 convidados, um
lauto e regional almoço, num salão dos seus armazéns.
Na presença de todos os membros do Governo, vindos de Lisboa, das individualidades civis e religiosas, locais, dos armadores e dos muitos convidados, tiveram lugar as cerimónias da praxe, nos estaleiros da Gafanha da Nazaré: discursos, agradecimentos, bênção do navio pelo Sr. D. João Evangelista de Lima Vidal, o baptismo com o partir da simbólica garrafa de espumoso contra a roda da proa da embarcação, pela madrinha, Sra. D. Adília Marques da Cunha.
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(…)
Finalmente, o Sr. Ministro da Economia cortou o cabo da bimbarra, mas o
navio manteve-se, por algum tempo, estático. Correram pressurosos os
construtores e demais pessoal, para alguns trabalhos de emergência, e, passado
algum tempo, o Inácio Cunha deslizou
serenamente na carreira para nadar, tranquilo como um cisne, nas salsas águas
da Ria.
Acenaram-se lenços, estalaram foguetes, a música executou um número alegre e os armadores e construtores receberam os abraços e parabéns da praxe. – refere o jornal, “O Ilhavense”, de 2 de Maio de 1945.
O novo navio-motor, um dos primeiros do tipo CRCB., construídos por Manuel
Maria Mónica, na Gafanha da Nazaré, media
A propulsão era feita por um motor
Deutz de 550 H.P., deslocando-se a cerca de 9/10 milhas horárias. A tonelagem
bruta era de 775,42 toneladas. e a líquida, de 494,83.
Por cálculos de construção, esperava-se que viesse a carregar nos seus porões, sensivelmente, 12 000 quintais de bacalhau.
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A viagem inaugural do Inácio Cunha foi feita pelo Capitão
José Gonçalves Vilão, bem como a campanha seguinte (1946). Por lá passaram, no
seu comando, nos anos de
Na campanha de 1950, trouxe os náufragos do navio-motor Cova de Iria, que havia naufragado, devido a água aberta.
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Parece-me ter tido uma existência
pacífica, com as atribulações e perigos, inerentes àquela dura faina.
No ano de 1962, o Capitão David Marques declarou à empresa 11 162 quintais de bacalhau, de acordo com o seu diário de pesca, pelo que o navio abandonou a pesca e chegou a Aveiro sobrecarregado, pondo em perigo o navio, a sua carga, seus pertences e vidas humanas. O que se fazia por mais uns quilitos de bacalhau, para ganhar a vida!!!!
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Também Ernesto Manuel dos Santos
Pinhal comandou o navio de
A tripulação foi acolhida a bordo do
navio-motor Sotto Maior, que a
encaminhou para o navio-hospital Gil
Eannes, a fim de ser repatriada.
Todos os Capitães, de quem me lembro e com quem convivi, foram nossos conterrâneos, com excepção de Elias A. Bilhau.
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Nas tranquilas águas da Ria, na
Gafanha da Nazaré, frente a Testa & Cunhas, eis, em primeiro plano, o Inácio Cunha e, pela popa, o São Jorge, de braço dado com o Novos
Mares; avista-se, em último plano, o Avé-Maria.
Reinavam, por aqui, os navios-motor.
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Ílhavo, 25 de Abril de 2024
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Ana Maria Lopes
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