Na Costa Nova, os turistas não abalam, sem levar umas fotos, tendo como cenário, os palheiros, os mais apetecíveis. Os famosos risquinhas! Os proprietários deveriam passar a cobrar. Chegam a entrar nos terraços e a sentar-se nos bancos como que se deles fossem. E esta, hein?
Além dos palheiros, há casas bem bonitas e também carismáticas, nesta praia. E a Mota (actual turismo)? Nada, não vêem mais nada.
Começo a aperceber-me que as estreitas vielas, que davam e
ainda dão acesso às recoletas lhes começam a interessar. E, vai daí,
mais uma “chapa”. Outros recantos, também com encanto, mais lá para o sul, nem
são visitados. Nem o cais dos pescadores, cenário também apetecível.
Penso
e reflicto. Com 78 verões por aqui passados, não tenho uma imagem, uma que
seja, com um palheiro, o meu eleito, como fundo. Ainda estarei em tempo de
aproveitar? Talvez.
Na
nossa juventude, tínhamos por hábito fazer sessões fotográficas, para o que nos
aperaltávamos, feitas modelos, mas o que elegíamos? A esplanada, a ria, com todas as embarcações
tradicionais que ainda ia tendo, as varandas, a Biarritz, o movimento da romaria
da Senhora a Saúde… Mas um dos cenários
eleitos, de que fiquei com algumas recordações, era mesmo o sul piscatório,
interagindo com os pescadores que remendavam redes, preparavam aparelhos e
outras tarefas necessárias ao seu dia a dia. Por vezes, uma visita também ao
“barco do mar”, a dita arte xávega, assim apelidada, actualmente. Essa,
por aqui, foi-se. Há muito que deixou de existir, desde os anos 50, do século
passado.
Eis algumas das referidas fotos como documento, com as modelos, Manuela Vilão, Alcina Cachim Parracho e eu, com dois amigos de então.
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Ílhavo,
12 de Julho de 2023
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Ana
Maria Lopes-
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