domingo, 15 de maio de 2022

Manuel Fernandes Matias

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Através de conhecimento comum, tive acesso a uma fotografia do avô materno da colega Maria Vitorina Matias Azevedo. Toca de trocar dados para chegar a uma curtinha biografia.

Manuel Fernandes Matias, filho de João Fernandes Matias e de Maria Emília Pereira, nasceu em Ílhavo, na freguesia de São Salvador, em 3 de Agosto de 1890.

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 Manuel Fernandes Matias

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Casou com Felicidade dos Santos Matias, em 21 de Agosto de 1912, de cuja união nasceram seis filhos: Rosa, Maria, falecida com 23 anos, Luís, falecido em criança, num desalmado acidente em Matosinhos, Maria Natália Fernandes Matias, João Fernandes Matias e Maria da Conceição Fernandes Matias. De quem mais me lembro, ou não estivesse ligado ao mar, é de João Fernandes Matias, sobretudo pela célebre viagem de Alan Villiers, no “Argus” na safra de 1950, onde ocupou o lugar de imediato.

Voltando a Manuel Fernandes Matias, era possuidor da cédula marítima nº 7785, passada pela Capitania do porto de Aveiro, em 6 de Dezembro de 1915.

Desde que há registos fidedignos, foi piloto dos lugres”Argus” (velho), em 1928, “Hortense”, em 1931, “Santa Mafalda”, em 1933, “Ilhavense 2º”, em 1934 e 35,  “Infante”, em 1936, “Neptuno Segundo”, nas safras de 1937 e 38.

Com três anos de interregno da pesca do bacalhau, durante a II Guerra Mundial, em que naufragou por duas vezes, voltou a pilotar o lugre-motor “Brites”, em 1942, para passar a imediato do navio-motor, “Bissaya Barreto”, na campanha de 1944.

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Lugre “Hortense”
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Abandonou, então, a pesca do bacalhau para se dedicar à pesca no Cabo Branco.

Em 1958, era o sócio nº 7 do Grupo dos Amigos do MVSEV MVNICIPAL DE ÍLHAVO.

Tendo deixado a sua carreira marítima, veio a “partir” numa viagem sem retorno, em 2 de Novembro de 1959, com 69 anos.

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Ílhavo, 15 de Maio de 2022

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Ana Maria Lopes

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