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Euclides
Vaz, filho do Cap. José Cândido Vaz e de Joana da Silva Marta, nasceu em Ílhavo
em 10 de Novembro de 1916, faz hoje, 104 anos. Desde muito jovem, exibia dotes
superiores na modelação, usando para isso, tudo o que tinha à mão.
Feito
o Liceu em Aveiro, por isso, Euclides vai para a Escola de Belas Ates no Porto,
tendo terminado a sua licenciatura em Escultura em Lisboa, em Março de 1945,
com elevada distinção, tendo tido como mestres referenciais Simões de Almeida
(Sobrinho) e Salvador Barata Feyo. Dedicou-se ao ensino, tendo leccionado no
ensino técnico-profissional, nas escolas Afonso Domingues e António Arroios, na
zona de Lisboa.
No
ano de 1958, ingressou como professor na Escola de Belas Artes de Lisboa, onde
permaneceu até à sua reforma, em 1985.
Já
mestre reconhecido e enaltecido, deixou um vasto legado de obras, que se
encontram espalhadas pelo território nacional e pelas ex-colónias, umas
conseguidas por concurso (monumentos a
Teixeira Pinto, na Guiné; a Jorge Álvares, em Macau; a Vasco da Gama, na Ilha
de Moçambique e a Neutel de Abreu, em Nampula, Moçambique) entre outras. Por
encomenda directa, são de salientar, a estátua da Justiça para o Tribunal de
Aveiro, a estátua de Pero Escobar para S. Tomé, D. João III, o grupo
escultórico do largo do Roseiral, no Parque Eduardo VII, em Lisboa, e baixos
relevos efectuados para diversos Tribunais do país.
De
um modo geral, monumentais figuras, numa linha escultórica clássica, em voga,
que pretendiam relembrar personagens históricas de vulto.
A
sua arte também se estendeu ao campo da medalhística, com obras consagradas,
neste domínio.
Também
são de sua autoria os cunhos das moedas FAO de 20 e 50 escudos.
Euclides
Vaz fez graciosamente para o Illiabum Clube, o busto de Mário Sacramento, para
ser depositado na biblioteca que tinha o nome deste.
As
obras que nos estão mais próximas fazem parte do acervo do Museu Marítimo de
Ílhavo (MMI) e são: – uma miniatura do João Afonso de Aveiro, em bronze, datada
de 1956 e oferecida ao museu, pelo autor, em 1969.
– a
escultura de Luís Vaz de Camões, em gesso, assinada e datada de 1961:
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O
João Afonso de Aveiro lá vai estando pelo Rossio, até que o mudem de local e
que o mandem dar uma volta.
Em
1990, ofereceu ao Município de Ílhavo, onde está depositada, a obra escultórica
em gesso, de grandes dimensões, “O Homem do Gabão”.
Agraciado,
em 1957, com o grau de Oficial da Ordem da Instrução Pública, também recebeu,
em 1949, os prémios Ruy Gameiro e Soares dos Reis do secretariado Nacional da
Instrução Pública.
Faleceu, com 75 anos, a 10 de Fevereiro de 1991, em Lisboa.
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Ílhavo
10 de Novembro de 2020
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Ana
Maria Lopes
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