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O
objectivo de tal passeio de moliceiro, em Setembro de 2013, foi a
despedida da “Sagres”, a “nossa barca bela” (lembrou-me Garrett), que veio
visitar o porto de Aveiro, Gafanha da Nazaré.
Depois
da edição e reedição do livro “Sagres – Construindo a Lenda”, do Comandante
António Manuel Gonçalves, edição da Comissão Cultural da Marinha, tudo está
dito sobre este embaixador de Portugal. Que mais acrescentar?
Faz,
exactamente, hoje, sete anos que acompanhámos a sua saída, depois de uma
entrada fascinante, dois dias antes.
Creio que as imagens que ilustram esta despedida são esclarecedoras:
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Aproxima-se lentamente entre azuis suaves, em águas serenas e espelhadas, em direcção à barra.
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Entre céu eivado de algodão esfiapado e “mar de azeite e prata”, esperamos com ansiedade o símbolo marítimo da Pátria.
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A carranca dourada como que aponta o caminho ao país que “deu novos mundos ao mundo”, sob o lema da sigla “TALANT DE BIEN FAIRE”.
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Entre molhes, eis que se afasta a “barca bela”, entre uma etérea neblina.
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De olhos siderados no horizonte, despeço-me até à volta
Valeu
a pena vir receber a “Sagres”, há dois dias, assim como vir acompanhá-la a
mar aberto.
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Costa Nova, 23 de Setembro de 2020
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Ana Maria Lopes
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