Ontem, no Exploratório de Coimbra,
dia 17 de Agosto, pelas 17 horas, foi inaugurada a exposição TITANIC - A Reconstrução.
Tenciono visitá-la e será, para mim, a
quinta exposição sobre o Titanic,
que visitarei.
A primeira, em 1994, no Museu de Greenwich. A segunda, no Mercado Ferreira Borges,
no Porto, em 2004 e a terceira, no
espaço Rossio, em Lisboa, em 2009.
Foi há bem pouco, que, a convite especial de Paulo Trincão, que muito agradeço,
que visitei esta mesma exposição TITANIC
– A Reconstrução, presente na Expofacif, em Cantanhede, durante dez dias.
Foi acarinhada com muito interesse e visitada
por 18 mil e quinhentas pessoas, num espaço de tempo bastante limitado.
Apesar de já saber que viria a estar
presente no Exploratório de Coimbra, a partir de 18 de Agosto, não deixei de
vencer a onda de calor dos inícios de Agosto, para visitar o pomposo Titanic, que, em 1912, um ainda mais
gigantesco iceberg afundou, sem dó
nem piedade. E tal afundamento, pelas suas condições, serviu de tema a livros,
a um mar de notícias, a grandes filmes, e, finalmente, já a algumas exposições,
depois de terem sido encontrados os seus despojos no fundo do mar, umas dezenas
de anos após o naufrágio (1912-1985).
A emoção não foi a mesma da sentida nas
anteriores, em que pretendia creditar a existência dos mágicos talheres do Titanic, pertença de algumas famílias
figueirenses e, sobretudo, ilhavenses. Já o tinha conseguido na terceira
exposição no espaço Rossio, em Lisboa, em 2009. Mas, aprende-se sempre mais e a
exibição estava dignamente montada, de uma forma séria e criteriosa, deixando
para o final a sumptuosa surpresa.
Resume, um pouco, a
história do navio desde o nascimento da lenda da construção (1907), do design naval rigoroso, criado em 1908,
do início da construção em Março de 1909, do dia do lançamento à água, em 31 de
Maio de 1911, do seu acabamento até Março de 1912, da viagem inaugural com
partida de Southampton, em 10 de Abril de 1912, até ao desfecho dramático do Iceberg à vista!, pelas 23 horas e 40
minutos de 14 de Abril de 1912.
Recria alguns míticos
espaços, começando pela fotografia em grande
formato da escadaria sumptuosa de acesso aos salões de 1ª classe, alguns
pormenores das instalações de lavabos, diversas peças de louça, de garrafas de champagne Henri Abelé, alguns
instrumentos da orquestra que tocaria, enquanto o Titanic se afundava, a cabine telegráfica Marconi, muitas
fotografias conhecidas, mas sempre emocionantes, em tamanho fantástico de cenas
fulcrais no naufrágio, os cadeirões do casal Strauss, de história
empolgante, no deck da primeira classe, e a simulação de uma das várias caldeiras
a carvão, do navio.
E a ansiedade vai-se cultivando, à medida
que os cenários nos conduzem até ao simbólico e gigantesco iceberg, que destruiu o dito indestrutível.
Escadaria famosa
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Pormenores dos lavabos individuais
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Garrafas de champagne, louças e outros objectos
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Alguns
instrumentos da orquestra
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Cabine Marconi
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E chegamos ao climax… à simulação do iceberg e da fenomenal «maquette», de
cerca de doze metros de comprimento, que a todos espanta, bem como do estaleiro
White Star Line, onde o navio foi magistralmente construído.
De bombordo, uma plataforma aproxima os
visitantes a nível do modelo, e a estibordo, a «maquette» é aberta, de modo a
serem observados todos os pormenores dos diversos conveses, iluminados e em movimento.
Perante o iceberg e o modelo gigantesco
Panorâmica do modelo, a estibordo
E ficamos por aqui. Quem quiser saber
mais, vá mesmo visitar.
Fotografias de Paulo Godinho
Costa Nova, 18 de Agosto de 2018
Ana
Maria Lopes
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