-
Por razões de vária ordem, ainda não tinha sido possível, mas, este Verão, ao arquitectarmos alguns posts do Marintimidades sobre «Creoula – 1973, através da objectiva de António São Marcos», conseguimos ultrapassar, através de um procedimento levado a efeito há vinte anos um problema técnico que existia com essas fotografias. Enfim, foi superado.
Por outro lado, durante uns tempos, achei alguma piada a que dois dos livros em que mais me tinha empenhado estivessem esgotados, mas, com o andar dos tempos, passei a não achar tão curioso assim. Se, na realidade, não pudéssemos pôr as mãos à obra, não seria muito fácil reerguê-la.
Aspecto do público no Auditório
E esperancei os Amigos do Museu. Muitas voltas foi preciso dar para se alcançar o intento. É que …
Entre as duas edições, decorreram 15 anos, o suficiente para que a técnica de “fabricar” um livro tivesse mudado como do dia para a noite. O texto, de dactilografado passou a processado, as imagens, de suporte em papel, passaram a ser digitalizadas, melhoradas, tratadas, photoshopadas q. b.
Sem esquecer, o principal – reencontrá-las, entre tantas mãos por que passaram. O nosso muito obrigada a quem no-las cedeu (citar quem e origens) e ao meu filho Miguel, estou grata pelo apoio técnico dado, mesmo à distância.
Ganhámos uma ansiedade e uma paixão com a re-pesquisa.
Imagem forte deste duro labor
Era nosso desígnio, pela falta do saudoso co-autor Francisco Marques, manter o livro inalterável. E com perseverança, conseguimo-lo.
O tema escolhido – a reportagem ou o relato – de uma campanha de barra a barra (neste caso, da de Aveiro), de um lugre da pesca do bacalhau à linha, dos anos 30, com toda a azáfama, dureza, angústia, saudade, sacrifício e empenho, era imutável.
Quase ninguém andou lá, porque tivesse querido. A Faina Maior, com toda a sua austeridade, era um modo de vida…E estas memórias fazem parte de quem teve familiares ao bacalhau e quase todas as pessoas de Ílhavo tiveram.
Dentre os cerca de 13 capítulos que reescrevi, voltou a deliciar-me o depoimento ao jornal ”Beira-Mar”, de 30.11.1930, em que o Capitão Cajeira relata a sua primeira tentativa de chegar à Groenlândia.
No ano seguinte, 1931, três navios da Empresa de Pesca de Aveiro – o Santa Izabel, o seu “gémeo” Santa Mafalda e o Santa Joana – por ordem explícita do seu gerente, demandaram a Groenlândia.
O Santa Izabel
(Cont.)
Ílhavo, 6 de Março de 2011
Ana Maria Lopes
-
Boa tarde.
ResponderEliminarUma obra ímpar, sem dúvida. Muito obrigado por a terem "modernizado" e trazido à impressão.
Atentamente,
www.caxinas-a-freguesia.blogs.sapo.pt
Só há relativamente pouco tempo sigo o seu blog com muita atenção e redobrado interesse.
ResponderEliminarSou da Póvoa de Varzim e gostaria de, se tal for possível,
que me indicasse onde poderei adquirir a sua magnífica obra.
O meu mail é antoniofigueiredo5@gmail.com
Imensamente grato pela atenção dispensada
António Figueiredo
Caro Senhor:
ResponderEliminarEsteja atento que responder-lhe-ei, por mail.