Construídas com madeira de pinho manso no cavername e bravo no tabuado do fundo e costados, mantinham a sua forma através do pau de pontos e do método tradicional da construção na Ria de Aveiro.
As medidas habituais são:
Comprimento……………...…...…………...8 m
Boca…………………………..….……….1, 90 m
Pontal…………………………………...0, 65 m
Para construir o meu modelo, na escala 1/25, recolhi medidas no Museu Marítimo de Ílhavo, onde temos uma destas embarcações, construída pelo Mestre António Esteves, de Pardilhó.
Pormenor da bica da proa (modelo)
Utilizei madeira de choupo nos costados e ramos de limoeiro no cavername, nas rodas de proa e popa e nas bancadas. Apliquei nos remos, madeira de castanho, e na rede, gaze banhada em bondex, cortiça e fio de algodão. A fateixa foi construída com arame de cobre.
Lisboa, 6 de Janeiro de 2010
António Marques da Silva
Mais uma elegante bateira para a colecção a que o hábil Amigo Marques da Silva se vem dedicando ultimamente. E não será a última.
Como na bica da proa, todos os proprietários lhes aplicam um ramo de flores e imagem de sua devoção, tudo fiz para conseguir mini-florinhas que pudessem enfeitar o nosso mimo.
E elas lá estão na última imagem.
Marques da Silva, além de todas as capacidades manifestadas, tem, também, na construção destes últimos modelos, revelado uma grande preocupação pedagógica. Desenha igualmente um ou dois planos de pormenor, à escala, acompanhados de uma pequena descrição e de algumas fotos cedidas em CD, que completam uma pastinha vendável na loja do Museu de Marinha. A mesma sugestão foi por transmitida à Direcção do MMI, quanto aos dois últimos exemplares, até porque os originais, em tamanhos reais, são aqui albergados na Sala da Ria.
Pensa Marques da Silva fazer agora, uma bateira, bem da nossa Ria, exótica, elegante, mas rude, em toda a sua agressividade. Tem, para mim, uma história especial. Aguardemos.
Fotografias – Gentil cedência do Sr. Salta (MM) e arquivo pessoal da autora
Ílhavo, 20 de Fevereiro de 2010
Ana Maria Lopes