Na décima sexta carteira da colecção de Fotoselos da Rotep, publicada em Julho de 1962, foram contemplados vários locais pertencentes a Ílhavo e ao seu concelho.
Por acaso, sabe o que é um fotoselo?
Deve saber. Mas, se não souber, não é difícil descobrir. A palavra é concludente – pedacinho de papel impresso, no formato de 8,4 x 6,8 cms., que, nem é selo nem fotografia. Era coleccionável, publicitário, enfim, era uma recordação ou um souvenir, como refere a própria carteira, que protege o conjunto dos doze (ou vinte) fotoselos.
Podíamos colar um em cada carta que escrevêssemos, coleccioná-los em álbum próprio ou simplesmente mostrar Portugal aos nossos filhos – dão-nos estas sugestões.
Curioso não é? Reporta-nos a outros tempos. Comparemo-los com os actuais meios publicitários e de comunicação.
A colecção da “nossa terra” exibia uma Vista Parcial de Ílhavo, o Estádio Municipal e Jardim Infantil, as Torres da Igreja Matriz, a Ponte de Juncalancho, a Capela da Vista Alegre, o Trajo de Tricana, um barco na Ria, a Praia do Farol, os Estaleiros da Gafanha e três dedicados à Costa-Nova, pelos vistos, merecedora de tal propaganda.
Esta carteira com 12 fotoselos tinha o custo de 4$50, com opções a preto ou sépia.
Por hoje, vamos saborear os da Costa-Nova, linda praia…
Quadro de Eduarda Lapa
Costa-Nova
Quem imprimiu este fotoselo, não conhecia a Costa-Nova, pois a imagem está invertida.
Verifica-se muito bem à transparência. Confirmem os “entendidos”.
Mesmo assim, revejam as bateiras e os “Vougas”, de aluguer, do Sr. Tainha, a mota, a barca da passagem e, ao fundo, a antiga Pensão “A Marisqueira”.
Fotoselos – Arquivo pessoal da autora
Ílhavo, 20 de Fevereiro de 2009
Ana Maria Lopes
Lindos estes foto selos. Muito antigos.Parabéns pelo bonito trabalho de pesquisa.
ResponderEliminarJinhos
Da miginha Isa
Fiquei "preso"ao Marintimidades.Quando vi o fotoselo com a mota,os barcos do "Ti Taínhas"(bateiras MIUDA,TILDINHA e MARIA FERNANDA,"tamancos" e não vougas Navegador I,II,III e,mais "escarolado"o IV...)e o prédio que fechava a Marginal(era dos Pinto-Bastos,e mais tarde do "galego"da Marisqueira ?...Passei lá férias aí por 39/40...)vi logo que houve uma inversão E - D no diapositivo...)
ResponderEliminarkyaskyas@sapo.pt.
No comentário de 28 de Maio esqueci-me de uma das bateiras do "Ti Taínhas"(ou Ti Francisco das Taínhas).A "Kiss Me".Falha imperdoável!...
ResponderEliminarO senhor tinha parentes que,de facto,apanhavam taínhas,montando aqueles cercos em espiral,que com o bater ritmado de varas no bordo da bateira iam "empurrando"as taínhas para a rede horizontal central,onde,num último salto,ficavam aprisionadas.
A DrªAna Maria,por certo,já descreveu o processo...
Cumprimentos,"kyaskyas".
Adenda:Fui timoneiro "pro bono"do ti Taínhas,apenas pelo gosto.Ia para onde queria,e não(às vezes...)para onde os "pagantes"queriam...
Da primeira vez que li este "post"dei conta de a DrªAna Maria usar a expressão "Juncalancho"para a velha ponte deligação à Gafanha d'Aquém.Houve um período em que essa designação foi utilizada na imprensa local,mas julgo que a designação correcta é "Juncal Ancho",ou seja,"juncal largo"(= ancho...).Cumprimentos,"kyaskyas".
ResponderEliminarMais umas achegas,depois de passear pelo blog (efémero ?...)"200 anos de Costa Nova".Além de lá encontrar "Juncal Ancho",confirma a ideia de o tal prédio que "fechava"a A.Marginal ser dos Pinto Bastos (Mais concretamente,Alberto Pinto Basto)Tudo bem.Agora o que queria confirmar era se,pelos anos 39/40 não esteve na Costa Nova aquilo a que agora chamarei "cacilheiro"e que nós,crianças,chamávamos "Nónó-casas".Atracado à Esplanada,ou perto...E talvez trazido pelo referido Alberto Pinto Basto...
ResponderEliminarCumprimentos,"kyaskyas".